Orgulho

Orgulho, está aí uma palavra que faz da vida confusa, que nos permite a segurança de não cometer novos erros ao mesmo tempo em que nos impede viver ou dar uma nova chance a certas situações. Definir se o orgulho é um defeito ou uma qualidade é algo deveras relativo, pois ao mesmo tempo em que queremos nos preservar corremos o risco de ser o vilão de nossa própria vida, então em que ponto dessa linha tênue e ambígua devemos aceitá-lo em nós mesmos ?

É correto dizer que o orgulho nos ajuda a erguer a cabeça, dar a volta por cima e seguir em frente, com ele impedimos a nós mesmos de correr atrás de coisas ou pessoas que nos machucaram, evitamos o papel de bobo e colocamos um ponto final no que quer que esteja acontecendo além de valorizarmos o amor próprio. Orgulho nesse caso não é egoísta, pois não é errado se priorizar e ser inteligente, fazer as pessoas entender que todos merecem respeito e honestidade é algo que a todo momento estamos tentando fazer (realmente não sei porque as pessoas ainda não entendem que todos merecemos isso). Orgulho é ter prazer por ser quem se é.

Contudo nem só de pontos positivos se faz o sentimento, às vezes o orgulho pode ser tão grande, tão elevado que as vezes perdemos a oportunidade de fazer algo bom e isso pode variar de diversas maneiras, seja naquele amor que por orgulho não voltamos atrás, naquele parente que depois de uma briga paramos de conversar ou mesmo a amizade que após o desentendimento ninguém quer assumir o erro (ou a saudade) e esclarecer as coisas. Por orgulho não damos a nós mesmos a oportunidade de fazer algo que sabemos que queremos fazer, algo que poderia nos deixar bem e felizes e quando tomamos consciência disso o pensamento sempre vem acompanhado do arrependimento.

Ter o orgulho ferido é desagradável, não ter orgulho nenhum é humilhante, ser orgulhoso demais é arrogância, ter um orgulho frágil te faz passar por tolo.

O orgulho tem que ser medido, cada situação é um caso, não existe uma fórmula para todos os momentos e só se aprende na prática, no velho errando e aprendendo. Podemos nos policiar em nossas ações, mas só o tempo diz se acertamos ( eu sei ninguém mais aguenta ouvir que é questão de tempo, mas infelizmente é verdade).

Samanta Zubinha
Enviado por Samanta Zubinha em 23/01/2020
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