Leio manhãs
Eu sempre volto aqui. Sempre volto! E vejo que o passar os anos, nunca mudará essas vindas. Às vezes esporádicas, doutras vezes, com a afoiteza de um ser faminto, cuja fome nunca há de se exaurir.Tenho deixado pegadas apesar do cansaço. Tenho deixado pegadas de meus tombos.
Os Deuses, lá do Olimpo, palitam os dentes.
Acho que passei por cinquenta e muitos anos, tentando tirar-lhes os palitos das irônicas bocas e arrancar-lhes os dentes. Fico a imagina-los banguelas. Deve ser por isto, que andei na terra, deve ser. Não, não vejo palavras para pensar e pegar a vida pela jugular, se deixar de ler você poeta! Dá sabor e saber à existência! Um abraço!
Dorothy Carvalho
Gyn, go. 10. 2019