Assim...
Trabalho-me pelo trabalho.
Esgoto o corpo burilando a alma, escravo de meu próprio interior.
Há em minha essência muito de quem gerou-me e repito a prática.
Há o prazer infindo naquilo que mecanicamente move meu instinto.
Apesar de perceber similaridades não abdico de repetir repetindo-me.
Desconheço o que propus e foi-me disposto, mas percebo a força viva.
Vivo do que vive em mim sendo sua própria essência replicada em mim.
Trabalho-me pelo trabalho incessante da força pulsante que faz-me amor.
Assim aproximo da divindade buscando sua própria imagem e semelhança.