NÓS NO CORPO
Tanto teoricamente quanto empiricamente, pensar que um objetivo da natureza da percepção é estimar propriedades de um mundo físico objetivo que favorece as percepções verídicas está errado, pois, assimilações incorretas criam ações incorretas.
Possuímos níveis de crença num ordenamento subjetivo de viabilidade, subjacente a distintos modelos possíveis de realidade, pois, à medida que refletimos ou percebemos mais indicações, continuamente mudamos de conceito, que não representa crer ou desacreditar, aceitar ou rejeitar, muito menos facilitar expectativas de alguma questão.
Apesar de a limitação ser óbvia dentro do prazo e com as ferramentas disponíveis, a continuidade da ciência deve-se ao seu reducionismo tratando as questões complexas e incipientes de modo seccionado para extrair hipóteses testáveis que, à proporção do admissível, avocam a forma matemática, desde que os observadores mantenham o cuidado de não extrapolar além das conclusões que orçaram de sua visão minuciosamente simplificada do experimento que afetará as coisas e as pessoas.
Contudo, há alguma coisa escondida em meio à realidade dividida em ciência, de um lado, e prenoções sem sentido ou arbitrárias, do outro.
Apesar de a intencionalidade religiosa querer toldar os feitos reais do cérebro, é impossível apreender a beleza e o mistério de uma consciência e identidade pessoal com a significação de uma alma em nós. Entretanto, existe uma dependência notável e misteriosa entre a vida do cérebro e a vida da mente como parte integrante entre ambos, enigmaticamente ligada à nossa vida e morte.
Embora não existam indícios específicos de que uma mente individual possa existir sem uma estrutura cerebral, há razões perseverantes que afirmam o Eu e a mente, a consciência individual, como uma entidade tão pessoal e ontologicamente única que se manifesta irredutivelmente em primeira pessoa, com seus prazeres, dores, sonhos e uma realidade objetiva, que não aparentam similaridades ou, são redutíveis ao cérebro.
A compreensão de nossos princípios físicos, moldada ao nosso cérebro como a base biológica do pensamento, não deve desprezar as construções teóricas e as ponderações subjetivas no estudo da mente que podem lançar uma nova luz sobre os aspectos inerentes fundamentais que restringem nossas formulações científicas naquilo que é apenas considerado e tipificado meramente como um desígnio objetivo.