AUTOR E COISA

Postulando a estrutura inata do cérebro, os cientistas céticos querem exorcizar a essência do corpo, para tornar evidente que a consciência, nossos pensamentos, sentimentos e impulsos dependem integralmente da atividade fisiológica encefálica, pois, afirmam que várias propriedades do cérebro são geneticamente organizadas sem sujeição a informações vindas dos sentidos, atribuindo os traços genéticos das tendências violentas, psicopatia, inconsciência e personalidade antagônica à hereditariedade, assim eliminando o fantasma no engenho, apesar de as implicações da evolução serem menos intuitivas no caso de emoções e relações sociais, onde o pensamento evolutivo é mais surpreendente do que no restante da psicologia enquanto o acaso misterioso desempenha um papel maior no desenvolvimento de nosso cérebro, morada da faísca do Indescritível.

Apesar de a verdade da fé transcender a razoabilidade humana naturalmente dotada de saber, não se opõe aos princípios que a razão humana conhece decorrente da ordem regular das coisas sem intervenção humana, como princípios contidos na sabedoria da natureza introduzida em nosso íntimo, contrários ao intelecto humano que impede o nosso avanço para conhecer a verdade.

O conhecimento natural em nosso íntimo supera a razão, expresso por nossa boca e sentido em nosso coração, imutável enquanto permanece a Natureza, que revelará a verdade sem discordância, pois, a coisas sensíveis que originam o conhecimento da razão humana são fundadas na similitude com a divindade, apesar de não podermos demonstrar a essência que nos causa e aviva, devido à impossibilidade de compreender e comprovar a soma da inteligência no mistério incompreensível do princípio infindável que nos traz esperança e conforto.

No mundo, vemos um objeto com essência ou casualidade para o sentido e o pensamento, pois a regra e a diferença de atribuições concordam com o arranjo das coisas, porque, todo corpo que tem existência real é sensível, portanto, mais elevado do que algo inanimado, porque a vida dá ao corpo vivo sua nobreza acima de outros corpos. O divino não se encontra ou gera na casualidade, pois é um ser por si mesmo e de si mesmo é a sua substância. Portanto, é a Essência e a própria natureza, e o Seu próprio ser universal.

A combinação da forma e da matéria produz um conjunto cujas partes se efetuam em semelhança ao todo, apesar de o formato do corpo não ser o próprio ser, mas seu princípio dependente do ato de seu agente. Pois, o intelecto não atribui seu modo de entender às coisas que ele entende, nem confere imaterialidade a uma coisa, mesmo que a conheça, estabelecendo a unidade de algo por uma composição de palavras, como sinal de identidade.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 17/10/2019
Reeditado em 17/10/2019
Código do texto: T6772108
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