O SER NO CÉREBRO

Às vezes é frustrante falar com pessoas que concordam com tudo que dizemos para elas! Entretanto, ocasionalmente nos encontramos nas mãos das expectativas dos ouvintes, que esperam uma narrativa subsequencial com clareza, culpados, inocentes e resoluções. Contudo, a existência não contém nada disso, o que transforma qualquer história numa mera narrativa, distanciando-se da realidade do que ocorreu, da qual as minúcias são desconhecidas. Mesmo se for boa, as pessoas trazem as restrições e aborrecimentos da instituição.

Basicamente, é tocante estar ciente de nossos próprios vieses no entendimento da dupla indagação, como um caminho para compreender as indicações imediatas ou indiretas de qualidade do conceito e da capacidade de realização de ser claramente compreendido, a partir do que podemos obter no valor da intensidade do que desejamos projetar em meio ao vasto conhecimento que nos rodeia como uma característica evolutiva que temos desde sempre.

Há uma ideia equivocada sobre quem percebe com mais brevidade, que não acontece devido à vasta informação disponível, pois, a razão reside na avaliação do preconceito da coisa. Contudo, não é recomendável proceder frontalmente de um entendimento contextual para uma sugestão instrutiva, que pode nos expor ao risco de incorrer num pressuposto julgamento de valores implícitos ou explícitos.

As maneiras como as pessoas organizam, produzem e distribuem conhecimento são interessantes e desperta formas de abordar as questões pelo aspecto social, epistemológico e, principalmente filosófico de uma forma analítica para entender o fenômeno de ser das pessoas. Apesar de a natureza limitar a expectativa do que achamos certo, temos a certeza do que devemos fazer. Demais, a sabedoria consiste em perceber a limitação e ser grato pelo discernimento.

O crescimento de algumas economias não é devido à inteligência daqueles, nos cargos logísticos, mas à união de ideias através da partilha do labor, da permuta e do domínio da ocupação levando a humanidade a melhorar os padrões de vida, o conhecimento mútuo entre grupos e os resultados criativos do comércio, porque as amarras do entrelaçado neural humano são as próprias pessoas com sua inteligência coletiva.

Numa era de informação ativa, vez em quando surge algo que chama nossa atenção e nos leva a conceituar questões que desafiam nossas suposições básicas sobre nós mesmos.

Existem alguns critérios sobre a nossa natureza ser supostamente classificada como um produto sem aptidão da influência dos nossos pais, cultura e da sociedade. Ou, que nossos desvios não são inatos, mas, causados por entidades depravadas que fundamentam o ordenamento social, também, que a nossa essência não depende de nossa biologia, portanto, nossa habilidade em experimentar e ter livre arbítrio não é compreendida por nossa composição fisiológica e história evolutiva.

O critério político e sua imemorial ligação com a natureza humana vai de encontro com as afirmações empíricas, uma causa de constrangimento e incômodo para muitos, apesar de o controle institucional da governança ser o principal conceito de todas as reflexões sobre a natureza humana.

A equipagem da observação e experiência repleta de regência, moralidade e afetividade questionando a atividade da mente humana é motivada pela preocupação com as inferências de que a mente é um resultado engenhoso do cérebro ordenado parcialmente pelo conjunto dos genes adaptados através da distinção e separação natural. Isso acontece devido às preocupações de intelectuais com respeito a qualquer explicação que expresse a genética da mente, e as inquietações correlativas de políticos, educadores e religiosos sobre seus temores em confrontar a imperfeição, a desigualdade, o determinismo, os padrões livres das características da natureza humana, temendo a possibilidade da distinção, segregação e opressão social, eugenia, até mesmo escravidão e extermínio deliberado, além do imaginado descaso pela existência ou desprezo pela utilidade dos valores tradicionais e das convicções religiosas na experiência, reduzindo a civilização e a humanidade ao nada.

Os intelectuais, com seu pensamento religioso, dependentes das suposições empíricas da mente moldada unicamente pelo ambiente dos pais, da cultura e da sociedade negam e temem o princípio da natureza humana, apavorados com o ente assombroso, mais significativo e misterioso independente de nossa biologia e incompreendido por nossa composição fisiológica e história evolutiva, que habita dentro e fora do aparato vivo de carne que nos capacita a fazer escolhas e sentir as experiências.

Porém, por mais relevante que sejam o aprendizado, a cultura e a socialização são uma característica essencial do ser humano na estrutura inata de sua mente transformar em cultura o que aprende respondendo à civilização, com a distinção de personalidade e inteligência moldadas pelas diferenças nos genes, e a natureza humana com seus talentos como crenças, desejos, inteligência e comportamento seguindo objetivos individuais que a neurociência busca destronar como um mito, justificando que nossos pensamentos, sentimentos, impulsos e consciência dependem completamente da atividade fisiológica do cérebro.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 15/10/2019
Código do texto: T6770193
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