SEJA PACIENTE. DEUS NÃO CRIA PAIXÕES, MAS UNE PROPÓSITOS
Durante essa semana, estive pensando sobre os relacionamentos amorosos. De longe sou a melhor pessoa para comentar sobre tal contexto, mas creio que tenha coisas bem relevantes para transmitir para você. Além do mais, esta é uma das maiores etapas que enfrentamos na vida. Sem a pessoa que amamos ao nosso lado, nossas vidas seriam bem mais deprimentes. Com essas pessoas, nos renovamos continuamente e sempre caminhamos rumo aos ideais mais próximos àqueles propostos por Deus. Muitas vezes, esquecemos que essa fase é proveniente, também, da vontade de Deus.
Não sei você, mas gosto bastante de idealizar as coisas. Talvez esse comportamento esteja ligado com o fato de estarmos em um ambiente onde quase nada da prática faz “sentido”. Idealizamos nossos ambientes familiares, de emprego e até mesmo desejamos criar um ser humano “ideal” para a gente! Adoramos construir a imagem do parceiro ideal baseada no modelo romântico contido em livros, séries e até mesmo em fotos de celebridades que costumamos seguir. Todavia, ocorre que ninguém é perfeito, e a vida é assim! É preciso ter cuidado ao estabelecer rótulos visto que, na maioria das vezes, pouquíssimas coisas deles realmente se tornam realidade em nossas vidas; mas as de Deus. Muitas vezes, o seu par tem tantos defeitos quanto você tem. Soa um pouco egoísta quando olhamos dessa forma, não acha? Quem nós somos para que sejamos juízes de determinemos quem “presta” para nós?
É aqui que as paixões se iniciam. Funcionam como pequenas injeções de adrenalina. São capazes de satisfazer nossos desejos, mas sempre nos deixam a desejar em algum aspecto; pulamos de galho em galho. Entramos em um ciclo vicioso onde consumimos parte do modelo que construímos. Relacionamentos após relacionamentos, saímos fatigados, desgostosos da vida, mas nossa mente se acomodou muito bem com esse estilo de vida e damos espaço a insegurança de mudança e estamos entupidos de rótulos, frases prontas, como um artifício para justificar nosso modo de vida.
Quando enfrentamos a realidade do mundo, observamos que, quase sempre, modelos não são válidos em todas as situações. Como proceder, então? Estabelecemos um objetivo a ser alcançado. O fragmentamos em vários objetivos mais simples e, passo a passo, vamos avaliando nosso progresso mediante a conclusão das etapas; se estivermos nos aproximando do objetivo geral, isso é um bom indicativo. Caso não, devemos revisitar algo no passado para que o consertemos. Embora isso pareça nada prático de ser feito, a caminhada de Jesus tem muito a nos ensinar sobre propósitos. A sua morte de Cruz, aos olhos humanos, estava longe de ser algo atraente ou prazeroso, mas compunha parte de algo muito maior que, inclusive, me permitiu estar aqui escrevendo para você.
Quando nossos relacionamentos são baseados em paixões, remorsos ou até mesmo inveja, saímos atirando para todos os lados, desejando suprir nossas necessidades atuais. Quando estabelecemos propósitos em nossos relacionamentos e em nossas vidas, entramos num processo de melhoria dia após dia. Você aprendeu a ler, não aprendeu? Foi fácil? Pouco provável. Os relacionamentos orientados a objetivos também funcionam assim, para que haja progressos significativos e duradouros, é preciso bastante renúncia e trabalho duro de ambas as partes. Garanto a você que Cristo, na cruz do Calvário, certamente ficou feliz não só por completar sua missão, mas também por impactar toda uma geração.