Vida contraditoria
Eu não gosto de frio, mas quero muito conhecer a neve.
E essa é apenas uma das muitas contradições de minha vida, eu estive pensando sobre isso, chego a ficar preocupada algumas vezes com minha sanidade. E de quando em quando essa bipolaridade me assusta (sei da seriedade do transtorno, mas o menciono aqui desta forma por não encontrar um termo que se adeque melhor) e todas as pequenas reações que nem sempre são cometidas por mim ficam maiores na minha limitada visão.
Noto também que minha vida seria estranhamente “sem graça”, se não fossem essas contradições, pois muitas vezes brincar de dizer a verdade e sempre falar a verdade mesmo que brincando, torna o fardo da sinceridade mais leve. Existem momentos em que falar sério traz muita severidade no que é dito. Em outros ser mais rígido se faz necessário. Então a rigidez e a flexibilidade caminham nutrindo-se, e uma por vez aparece de forma apropriada.
Acredito que o equilíbrio está em manter as contradições em uma perspectiva aceitável, de forma que seja totalmente possível colocar os pés em neve fofa com uma enorme xícara de chocolate quente nas mãos... Eu sei que o chocolate esfriaria de pressa, mas acho que deu para entender onde quero chegar, e se não deu tudo bem. Talvez eu não quisesse chegar a lugar algum, o que me faz estar no lugar certo!