UMA GERAÇÃO GUIADA PELO PRAZER
Uma das coisas mais esplendorosas que fazemos ao acordar consiste em nada mais nada menos que tomar um banho refrescante. Depois disso, damos um abraço de bom dia em nossos familiares, sentamos à mesa e o cheiro do café da manhã mexe com nossos sentidos e estômago, também! – é como se estivéssemos no céu! Nossos sentidos são de fundamental importância para que possamos interagir com o mundo. Com eles, podemos degustar um delicioso café, ter o prazer de receber um cumprimento de quem amamos e até mesmo fazer textos tocarem o coração das pessoas! Mas, o que acontece quando começamos a ter prazer nas coisas erradas?
“Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.” – Salmo 1:2
O prazer atua como uma reação em cadeia: quanto mais gostamos, mais fazemos e mais adoramos. Aqui, reside um perigo que poucos conseguem perceber: o prazer atua, também, como um fator que determina nosso futuro. Quando estamos rodeados de amigos dando boas gargalhadas, com assuntos salutares e edificantes, saímos revigorados e com algo na bagagem para incluir a lista de “o que aprendi hoje?”. Não só de boas sensações tiramos grandes aprendizados, quando estamos aprendendo a andar de bicicleta, sabemos que, enquanto pedalamos (nosso prazer), cair (possível consequência) não é lá a coisa mais agradável do mundo. É preciso uma mente refinada que saiba analisar previamente se aquele contexto tem algo a nos ensinar a longo prazo; excetuando-se quando nossos sentidos tem a iminência de tomar conta de nós; é nesse ponto que vive outro problema. Pôr na balança a relação Presente X Futuro, uma das guerras que temos até o fim da vida terrena.
Ao olhar para a atual geração, me parece que a valorização dos sentidos tem feito mais sentido; os resultados são instantâneos, ora!. Dando à vida um caráter empírico, talvez? Se isso fosse bem verdade, precisaríamos pôr a mão no fogo para aprendermos que o fogo... queima. Uma reflexão elementar, cujo Cristo sempre nos admoestou, por meio de Paulo, encontrado em sua carta aos Romanos: “A luta entre a carne e o espírito” tem sido sobreposta ao prazer das luzes, das músicas empolgantes e dos toques carnais.
Hoje, temos uma geração que demonstra ser proficiente das manchetes atuais e se designa como a “libertadora” dos rótulos sociais, mas priva inúmeros da liberdade com os comentários de terceiros que tecem. Uma geração que respira tecnologia, mas a joga no lixo consumindo conteúdo de entretenimento duvidoso e pouco perspicaz; sabia que no YouTube você pode aprender a programar um computador? Ver fenômenos físicos na prática? Estudar a mente humana?!
Ainda, uma geração baseada na experimentação e seus feedbacks, ignorando os sábios conselhos dos mais velhos que, a priori, fornecem o caminho do sucesso. Uma geração que se renega a ouvir Deus porque simplesmente “não tem retorno Dele”. Esquecem, porém, que a sabedoria e o prazer propostos por Deus, estão em um plano infinitamente maior que os nossos sentidos podem captar.