AFOGUEI-ME EM MEUS PENSAMENTOS.
Ao cair da noite, repouso em minha modesta cama. Durante um longo dia de estudos, no vai e vem de definições e conexões que necessito fazer para progredir na faculdade, emprego e nas relações sociais, me perco nessa sopa de palavreados. Tenho tanta coisa para gerenciar que me sinto recluso e prefiro a mordomia e relaxamento. Vou “levando” de todo jeito. E até que funciona bem, sabia? Mas como todo problema ou informação que foi depositada em nossa mente, uma hora ou outra ela será processada. Como ter sabedoria e não deixar se afogar nesse mar?
“Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos.” – Salmos 139:1-2
Cristo tinha ciência de nossas limitações quanto a gerência de pensamentos. Antes de prosseguir, para os mais desavisados, lembremos das tentações pelas quais passou. Esse simples ato foi necessário para que conhecesse como o pecado coage nossas mentes – sem essa experiência, jamais poderia se compadecer de todos nós. Acredite, Cristo entende a magnitude de cada problema. Sendo assim, tomou um ramo totalmente oposto à concepção humana mediante a esforços negativos e usurpadores. Em um recorte textual de “A análise da inteligência de Cristo”, escrito por Augusto Cury, temos as seguintes conclusões a respeito de como Jesus Cristo gerenciava suas mazelas interiores, horas antes de ser preso:
“A conclusão a que chegamos é que o mestre de Nazaré era um excelente gerente da sua inteligência. Ele administrava com extrema habilidade seus pensamentos e emoções nos focos de tensão. Não sofria antecipadamente, embora tivesse todos os motivos para pensar no seu drama, que em algumas horas se iniciaria no Jardim do Getsêmani.
[...]
A psicologia foi tímida e omissa em investigar os pensamentos e as entrelinhas do comportamento de Jesus de Nazaré. Permitam-me dizer com modéstia que este livro, apesar de suas imperfeições, vem resgatar uma dívida da ciência com este mestre dos mestres da escola da existência. Ao investigá-lo, é difícil não concluirmos que ele foi um exímio líder do seu mundo interior, mesmo quando o mundo exterior desabava sobre sua cabeça.
Não acredito que algum psiquiatra, psicólogo ou qualquer pensador da filosofia tenha chegado perto da maturidade do mestre de Nazaré, amplamente expressa no gerenciamento da sua psique diante dos múltiplos cenários estressantes que o cercavam.”
Uma das maiores lições que tiramos de Cristo reside na sua capacidade de estabelecer prioridades e elencar quais áreas de sua mente devem ser trabalhadas; não quer dizer que coisas menos importantes não serão processadas, mas sim em um momento oportuno. Se Ele deixasse ir pela imensidão de conflitos e não os segmentasse para solucioná-los, certamente não teria conseguido cumprir Seu propósito com tamanha maestria, entregando a todos nós o livre acesso com o Divino. Seus pensamentos tem te impedido de continuar?