ÀS VEZES NÓS SÓ QUEREMOS DESCANSAR
Terminada mais uma semana, podemos renovar nossas forças em nossos lares, igrejas e, inclusive nos meios virtuais. Por que não?! Para uns, suas mentes são desligadas e ficam inertes para a próxima batalha. Para outros, é um dia de reflexão acerca dos acertos, erros e hora de planejar como podemos ser pessoas melhores (ou piores, dependendo do referencial). No entanto, uma coisa é certa para todos nós: viver neste mundo não é nada fácil, inclusive para nossas almas; independentemente de raça, classe social e entre outras coisas. Não há nenhuma atividade neste mundo que possa aliviar esse local que aparentemente não consegue encontrar descanso nas coisas desse mundo.
“Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração.” - Tiago 4:8
Quando falo “descansar”, é com uma supervalorização tremenda. Somos a geração que mais produz se comparados com os nossos ancestrais. Frequentamos escolas, faculdades, cursos técnicos, igrejas, projetos sociais e tantas outras coisas. A cada semana, fazemos planejamentos sobre coisas que ainda nem estão próximas de acontecer – corremos contra o tempo para concretizá-las! Com a concepção dos computadores, a humanidade pôde ver o sonho de automatização de atividades acontecer. Feito isso, vislumbramos dar asas à liberdade de pensamento e resolução dos problemas do mundo. De fato, isso acontece, mas não com todas as pessoas. Para elas, tais máquinas acabaram estipulando prazos avaliando “o quanto sabemos”; quando não estão obedecendo a curva de aprendizagem indicada, são empurradas para mais prazos e metodologias.
O século 21 tem sido perfeito para sanar nossas pendências acadêmicas e sociais, se você deseja aprender algo, se comunicar bem e colocar um pouco de criatividade no que faz, ganhastes o mundo! Nosso pobre espírito vai sendo deixado de lado – a barreira que nos diferenciava dos dispositivos eletrônicos agora não parece mais estar tão distante (qualitativamente falando). Qual tratamento oferecemos para nossas almas? Uns atestam que ir à igreja aos finais de semana e ler alguns textos bíblicos no decorrer da mesma é mais que suficiente. Ora, se esse argumento fosse irrefutável, por que a ansiedade toma conta dos seus atos, o medo da entrega à Deus o aprisiona numa rotina estática e você sente que não faz progressos quando o assunto é sua relação com Deus? O método de aprendizado mundano não funciona quando Deus é o objetivo central.
O resultado disso são rostos alegres e um monte de atribuições em nossos currículos; não conseguimos fazer uma oração digna ao Criador (e jamais conseguiremos!). No entanto, tal limitação não quer dizer que devamos desprezar nossas almas – depositando nelas uma gama de conhecimento a respeito de Deus, não nos dando a oportunidade de refletir e pôr em prática, avaliar o que precisamos melhorar, para, por fim, subirmos o próximo degrau do conhecimento de Deus através de Jesus Cristo.
Com almas cansadas, obesas de conteúdo bíblico e “normas” doutrinárias a serem seguidas, nosso corpo começa a dar sinais de que o que o mundo oferta parece ser mais proveitoso e agradável; quando sabemos que jamais é. Com nossos corações sobrecarregados, passamos a não valorizar e refletir sobre nossos próprios atos, estamos mais preocupados com nossa bagagem conceitual e capacidade de soltar versículos prontos, argumentos de terceiros sem, ao menos, viver 10% do que entoamos.