DITADOR
A antiguidade romana não produziu nenhum matemático renomado, devido a usar o sistema numeral romano, no qual cada número era basicamente uma equação, se tornando num obstáculo para criar uma matemática elevada obstruindo a realização de grandes coisas, e motivando as pessoas a elaborar outros sistemas numerais usados atualmente.
O homem descobre o seu verdadeiro potencial quando confronta técnicas que o mantem ligado ao passado. Assim, descobriu novos conceitos e sistemas que o trouxeram aos dias atuais.
Apesar de poucos nós, mesmo sendo trabalhadores autônomos, poder observar um estilo de vida sem despertador, usando o nosso relógio apenas para nos dizer que dia é, pois, existem outras maneiras de observar a passagem do tempo que estão fora do nosso entendimento contextual, com nossos ciclos de sono pessoalmente orientados e o nosso dia de trabalho começando e terminando quando queremos, e criando nossa própria fórmula para viver nossa vida.
Todavia, somos obrigados a seguir as informações e exigências do sistema global de cronometragem, dormindo, comendo, respirando e construímos toda a nossa estrutura social para dentro de uma estrutura de tempo centrada numa abordagem estabelecida na antiguidade.
De fato, o período próximo de 24 horas entre o dia e a noite, que busca seguir o ciclo biológico no ritmo natural, interno, que regula os períodos de sono e consciência desperta de quase todos os seres vivos, inspirado singularmente pela variação de luz, temperatura, ventos e marés decorrentes dos ciclos de luz e escuridão da rotação do planeta é a única opção disponível para marcarmos nossos momentos.
Paradoxalmente, estamos condicionados a seguir um sistema de cronometragem elaborado para nos secundar na condução de nossas vidas, contrário a manter uma condição contínua de reajuste de equilíbrio harmonioso, apesar de estarmos sincronizados com o planeta em que vivemos.
Em tempos imemoriais a luz do sol nascente era usada para marcar o começo do dia. Foram inventados relógios marcadores da sombra do sol. Muito depois, o uso onipresente de relógios com despertadores modificou isso.
Ora, o amanhecer acontece em um horário um pouco diferente todos os dias, devido aos mecanismos de medição de tempo ser centrados em torno do meio-dia. Acredito que poucas pessoas já ponderaram a respeito de como seria, se nossos relógios fossem orientados por volta do nascer do sol, em lugar do meio-dia.
Nossa medição de tempo regida por um relógio antiquado e impessoal, como um lembrete constante de nossa agenda diária, tornou-se tão enraizada em nosso raciocínio, que nos impede de pensar ou entender outra alternativa cronológica para administrar nossas vidas.
Nos primórdios da humanidade, o método natural da observação do amanhecer e o pôr do sol, era a maneira mais simples de medir o passar do tempo. Ao longo do tempo os projetistas de relógios de sol antigos e relógios mecânicos tiveram mais dificuldade com a mudança de horário do nascer e do pôr do sol, devido às diferentes localizações geográficas que variam em até 3 horas entre os dias mais longos do verão e os dias mais curtos do inverno, com maior acentuação nas regiões mais ao norte.
Demais, se fixássemos o começo dos dias consistentemente às 6 horas da manhã todos os dias, o pôr do sol flutuaria duas vezes mais do que o normal, perto de 6 horas entre as estações, causando uma mudança de horário acentuada entre os habitantes do hemisfério norte, que no solstício de verão têm mais luz, e os habitantes do sul do hemisfério sul, que estariam experimentando o solstício de inverno, com a menor luz do dia do ano, considerando os equinócios de primavera e do outono, quando o eixo de rotação do planeta se inclina em relação à trajetória de órbita em torno do Sol.
Quem sabe no futuro, a tecnologia mediadora da complexidade elabore um sistema de cronometragem universal de correção automática calibrando o tempo por volta do nascer do sol, sincronicamente em todos os lugares do mundo, o que causaria a variação do pôr do sol duas vezes mais, aumentando horas de luz do dia liberando a humanidade de uma ordenação rítmica governante que reivindica obediência.