CONLUIO
Desde o nosso nascimento, nosso valor é determinado e ajustado nas correntes do padrão.
Aparentemente, não temos posse material que não possa ser retirada de nós. Portanto, como podemos nos relacionar a nossa propriedade, se podem tirá-la de nós, além de nos multar, porque julgam necessário?
Quanto à realmente possuirmos o nosso corpo, quando outros decidem o que fazer com ele e o que podemos ingerir?
Parece ser um preço alto, pago para ter um governo garantindo a proteção contra ameaças internas e estrangeiras, construindo infraestrutura, escolas, hospitais e policiando seus cidadãos!
Como pode um país ser democrático e capitalista enquanto a maioria de seus cidadãos é condicionada e empobrecida?
Desde o surgimento do conceito de governo, foi criado leis e impostos, um véu sombrio cobriu a humanidade, tirando-a da luz da liberdade franca e dos direitos naturais, condicionando o cidadão à serventia e a destituição, e nada levamos conosco ao morrer.
O que realmente possuímos, se tudo é emprestado, alugado ou arrendado da nação que se intitula democrática e capitalista, e se apropria de todas as transações, todas as aquisições, bens e o nosso tempo tornando o país cada vez mais poderoso usando uma farsa para nos fazer sentir pobre ou rico.
Somos condicionados a comprar caro, apesar de o papel-moeda imprimido não ter valor real além da importância que concordamos.
Basicamente, o dinheiro é um espaço reservado para coisas de valor real, um meio de agilizar a permuta de bens e serviços sem a necessidade de negociar.
Os bancos privados criam novas moedas através de empréstimos e reservas bancárias fracionárias sem garantia alguma de qualquer outro bem, pois, não há garantias quantitativas suficientes para cobrir todo o dinheiro real e digital em circulação.
O problema não é simplesmente que o dinheiro em uso não tenha garantia de comodidades, pois, a moeda nova é gerada através da dívida existente, e emprestada em juros compostos, em lugar de ser gasto em consistência, sem dividendos, através do Tesouro. O governo deveria tomar emprestado do Banco Central, quase sem juros e gastar em algo existente em lugar de emprestá-lo ao que não existe.
Seria sábio gerar nova moeda para gastos com infraestrutura e gerar empregos na construção de estradas, hospitais, escolas e finalidades industriais, médicas e técnicas, mantendo a inflação e a dívida nacional sob controle, em lugar de pegar emprestado dinheiro de bancos privados para aumentar exponencialmente os juros e nos escravizar à dívida.
O que realmente podemos possuir que possamos chamar de nosso e de ninguém mais, como o recurso mais valioso que a maioria de nós se intitula, o nosso corpo, a nossa residência, imóveis, mesmo sem hipoteca devida ao banco, e o nosso carro?
O objetivo final do governo é o nosso corpo, com a lavagem cerebral do sistema educacional padronizado, a normatização do que ingerimos, bebemos e a falsa evidência.
A imposição institucional se designa justa em tirar e leiloar a propriedade do cidadão devedor de impostos e expulsá-lo do imóvel, quando, a propriedade deveria significar liberdade, sem sujeição a tomadas institucionais, ou, à impossibilidade de posse permanente. Na verdade, o governo é o proprietário e nós, apenas, um inquilino pagando aluguel, pois, realmente não possuímos a nossa casa ou nossa terra. A aquisição de um bem de forma justa e legal deveria assegurar o direito de propriedade e tornar irrelevante a ação de tirá-la de nós, não importa o quê.
Pontificando a respeito de podermos possuir algo, sem estarmos sujeitos aos interesses de outras pessoas e do governo, em tirá-lo de nós, se não acolhermos as suas estipulações e exigências, como tributos sobre a propriedade, que garantias temos para assegurar a posse de nossos bens?
Entretanto, independentemente de avaliar a moralidade ou justificativa de pagar impostos, mas sobre direito real a propriedade, provavelmente, pagamos as taxas estatais e a gasolina mais caras do planeta. Contudo, não somos beneficiados integralmente pela distribuição de renda, serviços substanciais de saúde, segurança, educação, estradas bem mantidas e escolas desenvolvidas construídas a partir desses impostos.
Num mundo de leis e acontecimentos que nos impõe a separação de nossa posse legítima dos nossos bens e da nossa pessoa, o que realmente possuímos?