Domingos são cruéis
Tudo foi em vão.
Nessa carcaça sem vida
Apenas pedaços mortos
Presos em memórias velhas
De um tempo feliz.
Tudo o que eu faço
me faz pensar
em como tudo terminou.
Antes mesmo de começar.
E agora
eu preencho os espaços
com falsas seguranças
e mentiras bonitas.
Como se de alguma forma
um sorriso macabro pudesse aparecer.
Ele sempre murcha
como uma flor arrancada de sua alma.
Tudo foi em vão.
Só restou o desejo de parar o tempo.
E a impotência
perante os dias.