EDUCAR
Em nossa suposição de criação, acreditamos na paternidade como uma responsabilidade moral, e nos baseamos na fé de que o nosso cultivo resultará em traços positivos nas decisões e ações de nossos filhos, avaliando a real influência que causamos no amanhã deles e, nos surpreendemos quando decidem que podem errar em comportamento e hábitos, procurando não ser, apenas, como adultos, mas, tentando se distinguir dos adultos.
Apesar de parecer um argumento ambíguo, a observação e a experiência nos mostra, que o aprendizado familiar compartilhado, que acreditamos gerar efeitos duradouros sobre a personalidade, a saúde mental e a inteligência da criança, não é o único fator que determina o comportamento, e pode ter pouco ou nenhum efeito, além de ser irremediavelmente confundido e contradito por outras evidências, que indicam que precisamos separar a ação dos genes dos efeitos do ambiente doméstico.
Deveríamos considerar a inerente e inescapável conformação do genes que nos dão a predisposição para se desenvolver de uma determinada maneira, a influência dos pares fora do meio familiar, a mídia e o âmbito de convívio no mundo, pois, o que aprendemos em casa podemos deixar para trás, mas o que nasce conosco sempre nos acompanha.