O FRUTO DA RETROSPECTIVA
Nos fragmentos de nossa jornada nos ritos da vida, vivendo uma vida a cada dia, definhando no que nos tornamos, nossa vida morrendo antes da gente, desperdiçamos o presente com medo de amar e egoístas para arriscar, sem a modéstia para aprender, desviando-nos da dor inevitável no refúgio da temporalidade num labor insignificante, tornando a vida irrelevante.
Vivemos intuitivamente conscientes do desfecho inevitável de nossa existência, olhando o futuro, ambivalentemente, com esperança, enquanto a sabedoria da vida segue a trilha da experimentação na direção do medo.
Definimos a razão do nosso propósito na causa do outro, e, a faculdade do julgamento nos ajuda a intuir o que ocasionamos em nossas vidas, pois, devemos buscar conceber a fluidez do tempo que, dado à sua complexidade, espontaneidade e naturalidade, torna inefável predizer a duração de nossa passagem pela vida. Ontem, foi nosso início! Hoje, inesperadamente, pode ser nosso término! Portanto, o senso lendário de juízo absoluto e terminante é relativo, sujeitando-nos, diariamente, ao julgamento final de nossos feitos.
Resta-nos, cientemente, construir nosso momento, atentando para o fato que a nossa história não pode ser contada no presente, mas, as lembranças futuras, que podem ser íntimas e espirituais, nos premiarão pelos enfrentamentos do passado.