SEJAMOS

A única realidade que conheceremos é a visão subjetiva de primeira pessoa de nós mesmos, das coisas e do mundo, como a concebemos, a realidade que não podemos descrever.

Fomos projetados pela seleção natural para poder desenvolver uma consciência, com um cérebro incorporado num conjunto de estruturas para entendermos a natureza humana e como nos conhecer.

Assim, compreendemos que uma característica central da consciência é o seu sentido de unidade formado pelo senso do aqui e agora e da continuidade, a autoconsciência e a unidade subjetiva do pensamento, das sensações, das ações voluntárias, da memória e o nosso sofrimento, que transmitiremos aos outros se não o transformarmos.

Contudo, pouco sabemos que explique a experiência abstrata consciente que habitamos, a realidade de ser humano e o que é a natureza humana, pois, o que é essencial é invisível aos olhos.

Estudiosos da ciência antecipam a construção de sistemas artificiais que simularão a aparência de consciência agindo com sentidos semelhantes aos nossos. Contudo, o comportamento desses mecanismos não irá além de um truque inteligente inumano destituído de sentimentos de alegria ou de dor, pois, a legitimidade dos sentidos gera o sofrimento que fundamenta a normalidade.

Em meio ao complexo de opostos inexoráveis da realidade simultânea e onipresente, ainda não compreendemos o que está além do pensamento, e a consciência é o mistério que retarda a psicologia, pois, pensar é difícil, tornando aterrador aceitar-se completamente, motivando a maioria das pessoas a julgar.

Duas questões surgem num mundo onde o sistema fechado do pessimismo parece ser a sabedoria convencional, nos advertindo para não desanimar ou, ficar muito entusiasmados com a trajetória dos acontecimentos nas últimas décadas durante as quais muitos elementos e inovações importantes para o ser humano melhoraram, pois, mais cedo ou mais tarde podem ser revertidos.

A evolução não planeja contingências que ainda não ocorreram. Contudo, as organizações internacionais de trajetória evolutiva das estratégias cooperativas para o desenvolvimento social, econômico e científico, sugerem que tendências de longo prazo em direção à honestidade entre nações serão favorecidas sob algumas condições.

Temos a paz mundial, a despeito das graves tentativas de dominação mundial acompanhadas por pelo menos três genocídios, e pequenas guerras ocorrendo em porções do continente africano, e partes do mundo árabe estão em conflitos, não existindo nenhuma perspectiva real e presente de uma grande guerra que ameace o mundo ocidental e suas atuais extensões para os países realmente em desenvolvimento.

Infelizmente, apesar dos conhecimentos dedicados aos estudos sobre o aumento excepcional da sobrevivência da vida terrena, entre outros possíveis avanços científicos, o progresso da ciência sucumbiu à disseminação das religiões monoteístas atrasando a compreensão dos processos mentais incorporados em nossos cérebros para prolongar a duração e a qualidade de nossa existência além do tempo comumente previsto atualmente. Certamente, um aumento significativo de longevidade humana não seria atrativo se representasse infindável enfermidade, debilidade e dependência de outros. Demais, a limitação do homem comum incapaz de saber o que fazer com o tempo de sua vida normal, não justifica a oportunidade de uma sobrevida.

Considerando a condescendência divina, a inteligência humana e a lei das probabilidades, quem sabe, se num futuro próximo encontrarão novas formas de entender a nós mesmos e decifrarão diferentes maneiras de lidarmos com patologias atualmente fatais ou, de tratamento complexo, e, como os nossos destinos biológicos e genéticos possam ser sintonizados por universalidades tão simples e generalizadas como o amor.

A Natureza em nós criou Sua semelhança, hábeis de criatividade e indomitáveis de equanimidade de ânimo para investir a nossa vontade na esperança da revelação da realização.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 25/04/2019
Reeditado em 29/05/2019
Código do texto: T6632273
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