Profissionalismo e intimidade
Sempre gostei de uma frase que diz:
“Antes de ser um bom profissional, seja um excelente ser humano” (não conheço a autoria).
Verdade a necessidade de sobrepor à humanidade ao profissionalismo, ainda mais nos dias atuais, que pessoas são tratadas como máquinas, números, enfim descartáveis...
Mas alguns confundem humanidade com intimidade.
Não é porque contrata, é contratado ou trabalha com alguém que, necessariamente, deve ser íntimo desse alguém, não forçadamente (é claro que pode acontecer).
Um dia desse me deparei com uma situação que me fez pensar sobre o equilíbrio entre os relacionamentos profissionais em que contratamos ou somos contratados...
Contratei uma determinada profissional para dar aulas às minhas filhas, que se deixou levar demais pela intimidade. Passou pouco tempo e lá estava ela, inspecionando as gavetas das minhas pequenas, para vê se elas estavam arrumando direito. Parece absurdo, mas sim, aconteceu...
Estava também dando palpites na educação delas, em qual escola estudar, dentre inúmeras outras coisas...
Virou tão íntima das minhas filhas e acabou atrapalhando o próprio serviço contratado. Sim, porque o desenvolvimento delas no serviço contratado não estava rendendo bem...
Aí começa a ficar esquisito, pois você acaba pagando mais pela “amizade” do que pelo próprio serviço. (Inclusive uma ótima estratégia de marketing pra quem não é “lá essas coisas” no trampo, #ficadica)
Enfim, que sejamos profissionais dedicados. Que a amizade com o cliente não atrapalhe o nosso desempenho. É necessário focar na qualidade, saber não ultrapassar os limites da intimidade no âmbito profissional. Tentar desempenhar um serviço de excelência. Assim, pode ter certeza que ninguém pagará pela sua amizade (essa sem aspas). Vão fazer questão de pagar um bom profissional e quem sabe, de quebra, ganhar um amigo.