Desarmamento, Bolsonaro, progressismo, anti-Bolsonaro, governos FHC, Lula, Dilma, Temer
"Eu defendo a paz. A violência gera violência. O mundo será melhor se tirarmos do nosso coração o ódio."
"Bonitas palavras. Só pessoas de coração puro e que admira homens nobres dizem verdades tão admiráveis. Quem são os seus heróis?"
"Fidel Castro, Che Guevara, Lênin, Stálin e Mao".
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A política dos progressistas e esquerdistas é favorável aos criminosos. Há intelectual de esquerda que vê lógica no assalto; muitos, se não todos, têm nos criminosos vítimas da sociedade, inocentes, portanto, dos crimes que lhes imputam, pelos quais é culpada a sociedade capitalista.
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Nos últimos trinta anos o aumento da violência, no Brasil, foi significativo, e deu-se durante os governos socialistas, de Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Lula, Dilma e Temer. Neste período, a imprensa e intelectuais e artistas disseminaram idéias subversivas, transgressoras, eliminando a hierarquia de papéis sociais, retirando a autoridade dos pais e dos professores e dos policiais, e, principalmente, da Igreja Católica; e valorizaram o feio, o grotesco; e ridicularizaram o pudor, a fidelidade, a lealdade, a obediência dos filhos pelos pais, os bons hábitos; e louvaram a desonra, a rebeldia inconsequente e criminosa, o hedonismo; e eliminaram a escala de valores em todas as obras humanas, igualando um quadro de Da Vinci com um urinol, e a filosofia de Platão com livros de auto-ajuda, e a música de Beethoven com funk, e a poesia de Gonçalves Dias e Olavo Bilac com letras da mpb, e a teologia de Santo Tomás de Aquino com cadernos de catecismo editado com a chancela da CNBB. E hoje o Brasil colhe os frutos da árvore que plantou há décadas, socialista e progressista, e por cujo cultivo zelou desde então: uma sociedade em frangalhos e pessoas de alma estilhaçada.
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Os desarmamentistas são defensores dos povos nativos das Américas e da África.
Se há quinhentos anos, há trezentos anos, tivessem em mãos armas equivalentes ou superiores às dos invasores e conquistadores portugueses e outros europeus, os ameríndios e os africanos lhes venderiam caro a liberdade, ou jamais lhes sucumbissem à força - estou apenas especulando, claro, pois é impossível saber como a história, que só posso imaginar sucedida num universo paralelo, se desenrolaria.
Ao pedir pelo desarmamento, hoje, tais pessoas tiram das mãos dos mais fracos seus meios de defesa.
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Ao reprovar o Bolsonaro, os anti-Bolsonaro dizem que ele, que prometeu uma nova política e o fim dos privilégios dos políticos, não acabou nem com a velha política, da qual participa, e tampouco com os privilégios dos quais gozam os políticos, ele incluído. Em tais comentários, associa-se à velha política a corrupção e a nova política a práticas políticas isentas de corrupção, e os privilégios dos políticos à injustiça e à exploração, pelos políticos, do povo brasileiro. Ao assim reprovarem o Bolsonaro, estão os anti-Bolsonaro reconhecendo a existência da velha política (sinônimo de corrupção) e de privilégios dos quais os políticos usufruem nos governos que antecederam o do Bolsonaro, assumindo, portanto, como certo, a existência de corrupção (velha política) e privilégios ofertados aos políticos nos governos de FHC, Lula, Dilma e Temer. Se o Bolsonaro, que está na presidência há três meses, merece puxões de orelhas porque não deu fim à velha política, e tampouco aos privilégios dos políticos, os antecessores dele, Temer, Dilma, Lula e FHC, que não romperam com a velha política, e muito menos acabaram com os privilégios dos políticos merecem trinta, quarenta puxões de orelha, pois FHC, Lula, Dilma e Temer tiveram, respectivamente, oito, oito, seis e dois anos para eliminar a velha política e extinguir os privilégios dos políticos. Neste caso, por que, então, os anti-Bolsonaro vêem razão de sobra para reprovar o Bolsonaro, mas nenhuma encontram para censurar os antecessores dele, que tiveram muito mais tempo à disposição para realizar o trabalho que agora exigem do Bolsonaro?
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Dizem os anti-Bolsonaro que o Bolsonaro tem de gerar emprego, pois há milhões de brasileiros desempregados; que ele tem de acabar com a violência e a corrupção; que ele tem de investir nas escolas e nos hospitais, que estão a cair aos pedaços.
Ora, se estão a cobrar do Bolsonaro tais obrigações, então os anti-Bolsonaro reconhecem a existência dos problemas elencados, problemas estes cujas origens estão nas políticas promovidas pelos governos que antecederam ao do Bolsonaro.
O interessante nesta história é que os anti-Bolsonaro não associam os criadores (governos de FHC, Lula, Dilma e Temer) com suas criaturas (alta taxa de desemprego, corrupção endêmica, violência flageladora, péssimos sistemas de educação e de saúde públicos). Ou os associam, mas preferem não ver que seus ídolos têm pés de barro.