Sobre o mal...
... em tempos de escuridão, aviso a praça: o amor é infinito (in-fi-ni-to); chama imperecível. Mas sua ausência, o mal, este tem data de validade e fim; pois apodrece. E justamente para tentar esconder as chagas desta decomposição e finitude (fraqueza exposta), a maldade finge falsa força, disfarçada de violência, crueldade, covardia, perversidade... Isso mesmo, covardia; pela consciência medrosa de seu próprio fim. Por isso o mal nunca se mantém, sempre se consome, se decompõe, apodrece, se apaga, se desfaz; carregando neste lodo todos os que se iludiram estar ganhando; e nas suas cinzas de carvão em brasa molhado, se encontram os que se perderam, por se permitirem tocar pela putrefação do mal.