RECIPROCIDADE

Vivemos no anseio constante de buscar entender a realidade, enquanto, inexoravelmente passamos pelo tempo. Assim nossa vida se esvai sem a sentirmos.

Quando somos crianças, a espontaneidade nos favorece nas fronteiras da casualidade de expressão, pois estamos presentes no tempo atual sem julgamentos. Não vemos as diferenças como limites de aproximação e entendimento, mantendo a maravilha infantil do mundo!

Enquanto crescemos, adquirimos preconceitos e formamos conceitos convencionando nosso parecer e, tornamo-nos defensivos, exclusivos e reservados numa realidade personalizada, permitindo que as experiências negativas da vida extingam nossa essência infantil.

Quando adolescentes, às vezes sentimo-nos comparativamente impróprios e, dentro de nós mesmos nos despersonalizamos, tomados de um sentimento contraditório de nos sentirmos de uma maneira e não assimilar existir ao mesmo tempo diante de nossos parceiros, no sentido de como eles aparentam, agem e se sentem com relação às situações da vida. Sem uma presença de espírito aguçada ou, pessoas iluminadas ao nosso redor, tal sentimento, amadurecido, pode consumir parte de nossa vida.

Os sentimentos são um mistério, e a nossa percepção os acompanham. Porém, se as pessoas intensas sofrem mais e as desprendidas sofrem menos, parece ser uma questão um tanto relativa diante da maturidade individual e a intensidade da afeição envolvida.

O prazer e a dor fazem parte do viver e, não devemos ter medo de amar com medo de sofrer, pois, combinando o sentimento com a razão na entrega, tanto o cético quanto o confiante se realizam.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 03/03/2019
Reeditado em 03/03/2019
Código do texto: T6588704
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