O JUÍZO E A CONVENIÊNCIA

Contradizendo o consequencialismo, os dilemas intertemporais originais de nossos ancestrais, com valores atribuídos envolvendo honestidade, lealdade, cooperação, perseverança e sacrifício, e implicações para as decisões em muitos domínios da vida, priorizamos a estrutura da decisão na inter-relação de circunstâncias que acompanham uma situação.

Apesar de termos uma mentalidade que não envolve a distinção entre o prescritivo e o estatístico, o juízo moral preexistente infunde um conceito de norma que trata do comportamento normal e o anormal, entendendo que é anormal fazer coisas ruins. As pessoas pensam que o normal é intermediário entre a média e o ideal, uma mesclagem. Na verdade, a nossa noção do normal não é quantitativa, mas o ideal.

Muita gente tem a visão de que existe uma parte da mente encarregada de descobrir como as coisas funcionam, e que existem outras representações ou processos cognitivos encarregados de pensar sobre as relações causais entre elas, determinando como as coisas deveriam ser, pois, quando ocorre algo incomum, atribuímos eficácia causal e responsabilidade ao agente, por ser preferível explicar uma ação incomum e anormal do que um ato normal e costumeiro, aproveitando a saída mais fácil para o questionamento acolhendo a explicação das evidências disponíveis.

Pensamos em conjuntos, situando a intuição no meio das questões abstratas e as questões concretas, e optamos pela lógica mostrada pelas evidências. É uma mistura sem coerência, preferências e crenças, sem uma divisão clara entre os julgamentos prescritivos e descritivos das pessoas, que cria um modelo que se encaixa no nível da evidência.

O treinamento intrínseco da boa educação e formação é essencial para explorar e superar a tendência da mente para as tentações egoístas e de curto prazo e auxiliar-nos a promover o bem comum e tornar o mundo num lugar melhor para convivermos.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 26/02/2019
Código do texto: T6584915
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