Lula, Sergio Moro, imprensa brasileira, Venezuela, socialismo.
Aos olhos dos brasileiros e do mundo, Lula apresenta-se, agora sem marketing, com a sua verdadeira estatura: a da insignificância.
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Removidas as propagandas, Lula revela-se aquilo que sempre foi, um demagogo inescrupuloso que, com a ajuda de inúmeras organizações revolucionárias, ludibriou, durante três décadas, parcela considerável da população brasileira.
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A imprensa brasileira, em seu esforço de conservar inalterada a estrutura política brasileira, com a esquerda no poder, apresenta, por vias diretas e indiretas, o juiz Sérgio Moro como um agente político, e não como um juiz, a serviço, dizem uns, de interesses de um partido político, o PSDB, e outros, de um projeto político pessoal, para desqualificá-lo, e pôr sob suspeita a decisão dele a respeito do ex-presidente Lula.
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Não muito discretos, jornalistas, e de todas as vertentes ideológicas, tecem comentários críticos, após a condenação de Lula, ao juiz Sérgio Moro. Declaram que ele não apresentou provas contra o Lula. Respeitam, dão a entender, o estado democrático de direito, que, insinuam, o juiz Sérgio Moro desrespeitou ao condenar Lula. Querem - não dizem, mas está à vista de quem quer ver - conservar forte o PT, que, sem Lula, não tem expressão política, para anunciar, dele, na véspera das eleições de 2018, o ressurgimento, com Lula ou com qualquer outro petista, e assim aterrorizar os brasileiros ao mesmo tempo que apresentam como aquele que o irá derrotar algum político do PSDB, também de esquerda, excluindo do debate político qualquer candidato que não participe da simulada oposição entre os dois principais partidos de esquerda.
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Durante o seu governo, Lula financiou, com dinheiro público, os ditadores de Cuba (via programa Mais Médicos, por exemplo), ajudou a manter no poder venezuelano, o protoditador bolivariano Hugo Chávez (cuja política econômica - e também a de seu sucessor Nicolás Maduro -, de inspiração socialista, consistiu na nacionalização de sucursais de multinacionais, populismo e demagogia, e foi financiada com dinheiro do petróleo, abundante na Venezuela, e pôs a Venezuela na situação de guerra civil, pulverizando-lhe a soberania ao pô-la sob comando de governos de Cuba e da Síria), e financiou, via BNDES, ditadores mundo afora. Tal política é mais do que suficiente para inserir o nome de Lula, nos livros de história do Brasil, no topo da lista dos nomes daquelas personalidades públicas que mais males produziram ao Brasil.
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Lula, com apoio de mídia, intelectuais e CNBB, fez toda a sua carreira política excitando os mais baixos instintos dos brasileiros. Sua política consistiu na fomentação da luta de classes, jogando pobres contra ricos, negros contra brancos, Norte e Nordeste contra Sul e Sudeste; enfim, jogando brasileiros contra brasileiros, a ponto de abrir um precipício intransponível entre as classes em conflito.
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Os socialistas (esquerdistas em geral) brasileiros são a favor, no Brasil, daquelas arruaças as quais eles chamam de greve geral, mas não apóiam a greve geral - cujos patrocinadores têm em mente a derrubada de um governante autoritário, Nicolás Maduro - que se dá na Venezuela. É compreensível: Os socialistas adoram os ditadores socialistas.
Escritos em 18 e 28 de julho de 2017.