dois
Teus olhinhos brilham, criança
e perscrutam a minha alma bêbada;
delicados, arrulham, cheios de esperança,
ante este bastião impenetrável,
ante este fantasma triste e cheio de certeza.
Coloridas borboletas escapam do teu estômago,
(tatalando as asinhas,
mas, fatidicamente,
dos lagartos empoleirados no meu ombro,
tornam-se presas.
Vai! corra pra longe deste labirinto de descrença,
vai! vai logo!
é mais seguro...
não te quero enferma desta mesma doença.