dois

Teus olhinhos brilham, criança

e perscrutam a minha alma bêbada;

delicados, arrulham, cheios de esperança,

ante este bastião impenetrável,

ante este fantasma triste e cheio de certeza.

Coloridas borboletas escapam do teu estômago,

(tatalando as asinhas,

mas, fatidicamente,

dos lagartos empoleirados no meu ombro,

tornam-se presas.

Vai! corra pra longe deste labirinto de descrença,

vai! vai logo!

é mais seguro...

não te quero enferma desta mesma doença.

Brayan Nascimento
Enviado por Brayan Nascimento em 14/02/2019
Reeditado em 14/02/2019
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