INTELIGÊNCIA MECÂNICA

Buscando salvar e nos preservar como espécie, nos protegendo da natureza, uns dos outros e de nós mesmos, há muito imaginamos e desejamos aumentar e potencializar as nossas próprias mentes, impelidos pelo mais profundo e persistente dos impulsos humanos, para alcançar uma inteligência extra-humana, um avanço na evolução da inteligência, um pensamento acolhedor até mesmo nas nossas imperfeições, com uma longa caminhada à frente.

Uma razão para um profundo receio com implicações preocupantes para a humanidade, seria um sistema originalmente projetado, instruído, controlado e executado sob a supervisão de pessoas, que de repente torna-se numa máquina de automatismo auto-impulsionado por um algoritmo que não depende mais de intervenção humana.

Uma vez que um sistema é impulsionado por si mesmo, torna-se na atividade que subordina o resto dos participantes em simples componentes substituíveis de um conjunto funcional no qual todos conhecem parte de seu mecanismo, mas que perderam o controle operacional de seu contexto.

Entretanto, a ação humanista e existencialista controlada pelo conjunto de regras dos sistemas está em sua incipiência.

Somos uma máquina orgânica pensante constituída de átomos, capazes de autorreprodução, programação e autorreprogramação, e de estendermos as nossas habilidades através da simbiose com outros seres.

Os nossos cérebros são incomparavelmente mais eficientes energeticamente do que o processador inorgânico de computadores em tarefas em comum, e infinitamente melhor em tarefas de dificuldade desconhecida, ou invenções incipientes que causarão efeitos no futuro.

É totalmente prematuro e muito rápido formar uma opinião sobre este tema difícil que decorre dos erros de afirmar sobre a possibilidade e a viabilidade de criar um engenho que substitua a inteligência humana e delegar responsabilidades e decisões muito além da sua competência.

Duas questões se misturam quando o tema sobre máquinas pensantes é discutido no que diz respeito à habilidade e critério do “pensar”, sentir, intentar, simpatizar, socializar e moralizar desses engenhos, pois, existe um imenso espaço vago sobre o desempenho, estrutura, funcionalidade e muito mais entre o cérebro humano e o melhor processador do computador mais avançado já construído. Nós humanos somos criaturas naturais de um mundo natural, com a combinação certa de elementos químicos para pensar e realizar coisas baseadas em emoções e sentidos racionais autossuficientes e organicamente induzidos.

A inteligência que consideramos congenial é naturalmente cedida pela Criação evolutiva que possui uma heterogeneidade que gera uma visão da inteligência centrada no homem sábio tão plausível quanto uma visão geocêntrica da matéria e energia ordenada pelas leis do universo.

Existem alguns valores estabelecidos e definidos que facilitam a aproximação de diferentes estados de grandeza, mas, não tornam possível tocar o valor, como o conjunto de funções dos inteiros aos inteiros que é incontável, o que é uma limitação da nossa inteligência, enquanto o conjunto de funções computáveis é contável. Quem sabe, talvez, seja apenas, uma questão de fixação funcional.

O computador faz coisas interessantes com algoritmos de contagem e processa rapidamente. Contudo, realmente não entende o que está a contar, nem tem ideia do que está a fazer, pois, não pode pensar e substituir a espécie humana, ou criar uma sociedade. Demais, construir humanos virtuais exigiria uma compreensão profunda da interação humana, e seria uma ideia temerária, apenas, se abandonarmos o leme do navio e delegarmos as nossas decisões para engenhos artificiais e incompetentes.

Precocemente podemos antecipar que a infinita diversidade das nossas preocupações e limites irá garantir a lucratividade e a segurança trabalhista para os psicoterapeutas.

Aparentemente os memes assumiram os nossos cérebros e redesenhou-os, para nos ocuparmos com a preocupação tola e sem precedentes sobre temer que o progresso e a suposta competência dos computadores, inteligentes ou não, produza um futuro confronto entre a humanidade e as suas criações mecânicas, supostamente, com sentimentos semelhantes aos humanos, livre-arbítrio, e se comportando mal.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 31/01/2019
Reeditado em 10/02/2019
Código do texto: T6563945
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