Livros, ou armas?

- Os livros salvam; as armas matam. Temos de investir em livros, e não em armas.

- Os ingleses, na Segunda Guerra, em reação à ação dos nazistas, que, de aviões, bombardeavam a terra da rainha Elizabeth, arremessaram livros contra os aviões alemães, ou ao ataque que eles lhes desfechavam revidaram com armas?

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- O Brasil precisa de livros, e não de armas.

- Você diz isso agora porque o presidente Jair Bolsonaro, favorável à legítima defesa, defende o direito ao posse de armas pelos brasileiros. Não me lembro de ouvir você expressando tal sentença quando só os criminosos tinham o direito à posse, e, pior, ao porte, de armas. Erro se concluir que você só diz o que diz, não porque acredita no que diz, mas por aversão ao Jair Bolsonaro?

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- Os Estados Unidos investem, por ano, em armamentos, bilhões de dólares, enquanto milhões de pessoas passam fome mundo afora.

- A China e a Rússia também investem, todo ano, bilhõesnde dólares em armas, e ninguém reclama. Elimine-se o orçamento militar americano e destrua-se todos os artefatos bélicos em posse dos americanos, em nome da causa pacifista. E você conhecerá o inferno que será o mundo sob domínio dos comunistas chineses e russos.

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- Temos de ler livros, e não comprar armas.

- Fale-me de alguns livros que você já leu.

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- Invista-se em livros, e não em armas, para se manter a paz.

- E como você pretende manter a paz, se os seus inimigos têm armas, e você não?

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- Livros, para a paz. Armas, não.

- E como você irá dissuadir seus inimigos de atacar você, se eles têm armas, e você não? Para se obter a paz, você tem de possuir poder de fogo que obrigue seus inimigos a reconsiderarem a vontade que eles têm de atacar você.

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Livro e arma não são itens excludentes. Uma pessoa pode, para sua instrução, comprar, com uma parcela de sua renda, livros, e, com a outra, para a sua segurança, armas. Mas, e a pessoa cujo salário só lhe dá meios para comprar um dos dois itens, ou livro, ou arma? Neste caso, compra-se a arma, pois o livro ela pode, sem gastar nenhum centavo, pegar emprestado numa biblioteca pública. Mas, e o que faz a pessoa cuja renda mal dá para comprar o arroz e o feijão de todo dia? Ela pode pedir para os desarmamentistas comprarem-lhe livros. Mas, e se eles não lhe quiserem comprá-los? Ela pode recorrer a um criminoso, pedir-lhe uma arma emprestada, apontá-la para a cabeça de algum desarmamentista, pedir-lhe, educamente, que lhe entregue a ela o dinheiro, e, de posse dele, ir até uma livraria e comprar livros. E não pode se esquecer de restituir ao criminoso a arma e agradecer-lhe pelo inestimável auxílio prestado.

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Livros, ou armas? Hitler, Che Guevara e Stalin, três genocidas, eram leitores vorazes. O primeiro apreciava os livros de Shakespeare e os de Karl May, e o Dom Quixote, e As aventuras de Gulliver. O segundo, os de Júlio Verne, os de Emílio Salgari, os de Pablo Neruda e os de Jack Londo. O terceiro, os de Tolstói, os de Shakespeare, os de Gogol e os de Balzac. Se os livros fazem melhores as pessoas, por que estes três personagens foram criaturas demoníacas? Parafraseando o bardo de Stratford-on-Avon, há mais entre o céu e a terra do que se pode imaginar.

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Livros educam, concordo. Vou ler livros que ensinam a maneira certa de se usar armas.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 21/01/2019
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