Água salgada
Eu não entendo de pessoas, nem as pessoas. Nem a mim, as vezes (esse paradoxo socrático me ajuda). Repleto de olhares secretos e palavras íntimas. Pensamentos que não sei aonde vão. Já lhe dei tudo em palavras e tempo e recebi, sim, bons momentos, o que não é o bastante. Nunca é. Suas saídas indicam comprometimento que não cabe a mim julgar. Ante ao devaneio do perdão, pois somos todos marinheiros em um mesmo barco, e quase sempre remamos cada qual para um lado, pensando que nosso remo é mais forte. Revezamos no comando do navio, e cada qual dá sua ordem. Então? O que falta para o entedimento? Suor e lágrimas? Que ondas são essas que movimentam o pensamento? Os porões precisam ser abertos e libertar os fantasmas que habitam suas paredes. Um pedido simples deveria ser atendido a contento. A não ser que piratas espreitem os baús adornados.
É para entender ou remar apenas?
Don't Stand so close to me- The Police