O MUNDO DOS AUTÔMATOS
Tratando-se do aprendizado e do raciocínio por máquinas sem a intervenção humana, existe muita divergência sobre a nossa realidade futura, e podemos ponderar sobre as possibilidades e possíveis transtornos e perigos da inteligência artificial que se desenvolveria de forma independente, se atualizando de modo desproporcional à capacidade biológica evolutiva vagarosa do homem, como uma versão final da alternativa de pesquisa crescendo num ritmo próximo ao exponencial.
Um mundo futurístico onde as máquinas podem “pensar”, está muito distante. Por que, as razões pelas quais a inteligência artificial não é inteligência real são muitas. Além da ausência de incorporação e os problemas conceituais não resolvidos, existem outras impossibilidades que não deixam espaço para anteciparmos quando tal avanço tecnológico será alcançado, muito menos, o “momento” distinto e fatídico em que a inteligência artificial projetada na dependência da biologia sintética e da fabricação orgânica, ultrapassará os seus criadores, romperá a cultura e dominará o mundo.
Conceptualmente, estando entre as máquinas, não nas máquinas, entendemos que a distinção entre a inteligência natural e a inteligência artificial é, essencialmente, a ausência da consciência, como pré-requisito para inteligência.
Tentativamente, podemos ponderar sobre a possibilidade de a vontade humana adquirir uma aplicação tecnológica tão conveniente, que usaria uma quantidade pequena de inteligência verdadeira incorporada num processo existente que aumentaria a sua eficácia para outro nível.
Essa conjectura soa avançada, mas somente em grau, não em profundidade real. Pois, atualmente a falta de entendimento e de habilidade para construir máquinas que possam surgir da matéria pura e pensar de forma autônoma com uma mente sintética e onipresente que aprende e aperfeiçoa, não é possível. Este é apenas um conhecimento imediato e fantasioso que alguns cientistas especializados e muitas pessoas gostariam que fosse verdadeiro.
Sabemos que estar vivo, não garante a presença de uma mente. Mas, a substância material particular e o arranjo do cérebro são essenciais para a criação da consciência e o estado de ser. Por que uma coisa viva deve ser um ser, ter uma mente e possuir um eu. Entretanto, os chips de silício não estão vivos e os computadores não são seres, e jamais alcançarão a consciência. Tudo isso é apenas uma noção preocupante de uma pretensa ciência.