CONTRADIÇÃO

Num desafio à crença ordinária e compartilhada pela maioria, a falta de sentido, a ausência de julgamento consistente e as poucas soluções configuram a desproporção do grau acadêmico, do conhecimento e da competência da atualidade.

Podemos concluir que a memória nos leva ao passado, a percepção nos localiza no momento e o saber antecipa nosso destino?

É possível, que o caminho dos paradoxos seja o caminho da esperança do progresso e da verdade?

Se todas as mudanças significativas acontecem antes das coisas que deveriam mudar e tudo se acomoda no final, deveríamos considerar o paradoxo do tempo, ou simplesmente nominar a trajetória das estações temporais como passado, presente e futuro?

Sentimos que existe uma realidade fora de nós. Mas, tal pensamento nos leva a imaginar como seria reduzir toda a realidade ao eu e suas sensações, tornando os outros entes, apenas em simples elementos de nossa mente, sem impressões e existência própria.

O argumento para uma realidade independente de nós é a aleatoriedade de um evento individual, como a ocorrência de algo que acontece sem nosso testemunho.

Pagaríamos um alto preço, se pudessémos superar a incoerência, e os paradoxos e quebra-cabeças desaparessecem, e aceitassemos a ideia intuitiva de que a realidade e a informação são a mesma coisa. Pois, se a realidade existe e é impossível fazer uma distinção funcional entre ambas, que parecem ser os dois lados da mesma moeda, precisamos de um novo conceito que as englobe.

Uma mente muito lógica pode ser como uma faca de dois gomos, pois, o conjunto de contradições encarnado no homem em sua experiência, convicto na impressão que a realidade existe apenas no olho da mente, o torna incompatível com o diálogo da atualidade.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 03/01/2019
Reeditado em 05/01/2019
Código do texto: T6542137
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