UM PENSAMENTO DE FINAL DE ANO

Amanhã é criado pela mente, como forma de adiar hoje. Mas, tudo que é real existe no momento. Entretanto, não nos deixemos engolfar em um eterno Agora.

Em nossa tendência de nos esconder de nós mesmos e nos ausentar do presente, pela maneira como nos relacionamos ao tempo, que estendemos infinitamente, especialmente quando tratamos sobre a vida eterna, algo que está além da nossa imaginação, nos contentamos com o que achamos que sabemos alheios de que o próprio processo de pensamento cria passado e futuro - cria tempo. Demais, nosso pensamento por si só, não pode estabelecer nossos limites.

Como seres humanos, com intuição, paixão e sentimento, percebemos a vida por dentro, enquanto nosso pensamento racional busca visualizar uma perspectiva válida, mas, não única, de nossos sentidos fora de nós.

Como o amor, a natureza está em nós e fazemos parte dela, como as flores, florestas, montanhas, lagos e o mar, e nela encontram-se os ensinamentos que tendenciosamente escondemos.

Mas, existe mesmo alguma coisa verdadeira, ou, tudo é apenas opinião? Talvez, o fato de mantermos a discussão, até mesmo amargamente, sobre as questões deixe entrever que ainda acreditamos que a verdade é possível, pois, a discordância total não deixa espaço para o diálogo.

Passamos a vida questionando nossas incertezas, pois, uma pergunta é como uma porta se abrindo, esperando a resposta de uma porta se fechando, como uma tentativa de encorajamento para continuar.

Numa cultura de crescente desconfiança e cinismo, onde o elogio que o ego oferece é quase obrigatório, estratégico sobre a competição e a autopromoção, pertinente de uma agenda oculta, tornando o ato da homenagem uma raridade que desconhece a distinção, o lugar e as coisas que merecem ser enaltecidas e tudo o que é derivado da integridade e da virtude, acumulando o ressentimento subjacente à sinceridade. Pois, só o amor sabe sair do ego e louvar, nos entregando genuinamente a algo além de nós mesmos, sem vício ou alguma outra falsificação.

É verdade que qualquer um pode ser enganado, mas apenas um tolo pode ser confundido.

Aprendemos sobre Yehoshua o Batista, Yehoshua o Católico e Yehoshua o Protestante, e desde cedo, somos expostos a várias versões do Evangelho, e apresentados a tipos diferentes de Yehoshua, nos condicionando a acreditar em um Yehoshua que pertence mais no Antigo Testamento do que no Novo.

Contanto, de certa forma inventamos o nosso próprio Yehoshua , da mesma maneira como inventamos o nosso próprio mundo, com sentimentos e relatos diferentes que retratam a nós mesmos, pois, frequentemente nossa perspectiva tem mais a ver conosco do que qualquer outra coisa.

O que nos leva a perguntar sobre nós mesmos em nossa tendência de centralizar e trivializar sobre quem somos e como nos vemos no mundo complexo em que vivemos repleto de cultos, movimentos fanáticos, seculares e religiosos, somos motivados a aceitar identidades prontas, pois, as pessoas não querem realmente saber quem somos, apenas nos impondo a identidade que gostariam que tivéssemos.

Devemos buscar nossa identidade real, procurar saber quem somos e como nos vemos no oceano da vida, para nos libertar na verdade e amar ao próximo como Yehoshua nos ama.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 21/12/2018
Reeditado em 13/01/2019
Código do texto: T6532506
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