A COMPLICAÇÃO DO SIMPLES

O trajeto da experiência não tem paradas nem término.

Todos temos uma percepção intuitiva do significado da simplicidade, que, paradoxalmente, nos conduziu a uma procura infinita para compreender como tal sensação nos levou à complexidade interminável e desconcertante da vida.

Apreciar a simplicidade e coerência em coisas complexas, algo tão fascinante, requer uma perspectiva comprometida com o labor e o tempo do inquérito, pois, a interação entre simplicidade e complexidade, envolve tantas coisas em algo que aparenta a ausência de complicação, que tal complexidade, parece distorcer a natureza do que sabemos e fazemos, porque, aparentemente, a simplicidade das normas subjacentes é uma característica crítica da superfície do que nos rodeia.

Contudo, a priorização pela simplicidade e o essencialismo em lugar da complexidade, parece evoluir, o que reflete um sintoma e não uma causa, apesar de não atribuir desinteresse em condições específicas complicadas, nos remetendo a uma eternização dessa perspectiva que indica uma inevitável e imprescindível necessidade de assimilações mais exatas da realidade.

Nossos genes ou o nosso aprendizado escolar são a causa de nossa inteligência? Nosso senso de moralidade é de natureza inerente ou o resultado da experiência e da cultura? Se soubéssemos sobre nossas próprias mentes, usaríamos nosso comportamento para revelar nossas disposições, entendendo, também, disposições inferidas que não existiam antes, provocadas por pressões engenhosas ao nosso redor incorretamente atribuídas como resultado de alguma disposição interior, e não precisaríamos pressagiar quais as nossas preferências em relação ao nosso comportamento, nem haveria a necessidade da ciência da introspecção no estudo da consciência humana, o que sugere que somos estranhos para nós mesmos.

Às vezes, as normas de confronto de qualidade superior aos princípios para a escolha entre duas proposições igualmente adequadas às informações e idênticas em valimento preditivo são consideradas e incluem não somente questões sobre o melhor acerto com outras suposições ou o conjunto de regras já previstas para apurar a verdade.