DE DENTRO PARA FORA
Devemos maximizar a utilidade para tornar a nossa escolha racional. Portanto, se confundirmos a representação do mundo com a verdade absoluta, negligenciamos a oportunidade de visualizar as outras coisas que conhecemos no sentido de encontrar um melhor caminho para nós.
O desafio do nosso cérebro situa-se além da compreensão, enclausurado na escuridão e no silêncio, tendo como único elo com o mundo exterior as informações sensoriais da visão, audição, olfato, paladar, tato e os sinais elétricos que saem e entram para criar a melhor interpretação sobre o mundo exterior no sentido biológico, emocional e social.
O nosso domínio sobre a realidade, a mente, é apenas uma palavra e um lugar no seu próprio conteúdo constantemente fluindo e passando. Não há outra maneira de conceber, localizar e julgar essa propriedade misteriosa.
É possível, também, que nossos modelos de realidade sejam descobertos ou construídos através das línguas que falamos, auxiliando na conformação da maneira como pensamos, vemos o mundo e a forma como vivemos nossas vidas, tornando relevante que a compreensão e o entendimento da interação entre o mundo físico e a linguagem humana é crucial para o futuro da ciência.
Como seres naturalmente dualistas, temos uma percepção material do mundo, onde o nosso corpo é físico e diferente, e a nossa alma é imaterial e imutável.
A sustentação de instituições racionalistas, no que lhe concerne, molda as nossas vidas diárias num quadro de pobreza mental que descarta a essência da humanidade, alheia que a realidade é irredutível às representações transitórias.
Na representação proporcional dos sistemas que recompensam desde os menores eventos em nossa vida às conquistas coletivas, num momento em que começamos a entender um pouco da mecânica de nossos cérebros, apesar das grandes mudanças no pensamento científico de visão reducionista da vida centrada na Terra, que permeia o conhecimento na maioria das culturas, devemos reconhecer, também, que as crenças religiosas, cientes da razão no sentido trivial de que religião e ciência podem simultaneamente conviver na mente humana, e trazer alívio mental e emocional refletindo uma essência mais profunda de nós mesmos.