Penumbra
Estou sendo abatida pela insônia
Nesta escuridão onde nada se vê
Entre um respirar ligeiro e outro ofegante
Entre o desespero e a solidão
A cama esta fria e a noite inquieta
Os animais já se recolheram
O sono ñ chega
A morte nem me bate a porta
Bebi o vinho da loucura
Em uma taça de vidro fino que se desfez em cacos misturada a bebida sangrenta
Embriago-me a essa hora é tanta loucura
Logo ouço os animais euforicos na madrugada
Logo chega a tontura e a embriaguez pedindo passagem para a insônia
Logo ñ é mais insônia
É um estado desesperado de minha alma
Logo ñ é nada
É apenas a frieza da noite movimentando os galhos das arvores que transmitem o som da ventania
Abro a janela vejo uma.arvore de galinha e a penumbra tomando conta da madrugada.
Eu ñ consiguirei mais adormecer o dia já vem
Por hora vou cair aqui em prantos remoendo memorias
Por hora cairei aqui no chão e ao choro soluçando entrarei no meu estado mais profundo de tristeza.
E por fim fecharei meus olhos para que ñ veja o fim disso.