CAMALEÃO POLÍTICO?...
O que dizer, no se expressar
Ante fatos balbúrdios ocorridos
Que têm, de soslaio, acontecidos,
E o pior é que se tem que aturar...
O que se mostra, de antemão,
É que a nossa política interna
Já virou uma hostil baderna,
Falando-se de uns e outros, então...
No primeiro turno dessa eleição,
Cada qual tinha a sua bandeira,
Mas, vejam só, que vil asneira
Se pratica, assim, de ocasião...
O candidato que perdeu
No primeiro turno do pleito,
Agora usa, meio que, sem jeito,
A bandeira de quem venceu...
E daí? E a sua bandeira?
Não se à erguerá no mastro?
Ahh, sim, está mais fácil
Se divulgar com a alheia...
Isso está pois parecendo
Quando se dorme junto,
E daí, o cobertor sendo curto,
Puxa de lá, puxa de cá, entende?...
O candidato derrotado sente
O frio da derrota na sua pele,
Lhe disseram, te vira e apele,
E se quis uma bandeira quente...
Mais quente que o vermelho
Estampado em sua ex-bandeira,
Se acha, de qualquer maneira,
O verde e amarelo é condizente...
Mas eis que antes, anos atrás,
Se repugnava o verde e amarelo,
Se adorava o vermelho, por certo,
Quem viu tem o que disso contar...
E AGORA SE TEM, O CANDIDATO CAMALEÃO,
MUTANTE DE CORES DE UM PARTIDO MELANCIA,
VERMELHO POR DENTRO, SUA BASE DE RAIZ,
E VERDE E AMARELO POR FORA, SIM, SIM...
ASSIM FICA DIFÍCIL
DE ACREDITAR, SE,
JÁ ERA DIFÍCIL, NÉ...