O Alquimista do Paulo Coelho; a lenda pessoal e o elogio da rotina
Certa vez li o Alquimista, do escritor esotérico Paulo Coelho. Em determinado momento da história, o rei de Salém, Melquisedec, diz ao Pastor que “viver sua lenda pessoal” é o sentido da vida humana. Isso significa que o homem só é feliz quando realiza tudo aquilo que sempre desejou fazer.
Isso me pareceu um ideal de felicidade extremamente liberal, degenerado, individualista e, no limite, suicida.
E se todas as pessoas da sociedade vivessem sua aventura pessoal; quem iria trabalhar e o tocar a necessária vida cotidiana para frente?
Sem a virtude da repetição e da mesmice, a vida social seria impossível e, sem a vida social, ninguém seria capaz de realizar “lenda pessoal” nenhuma. Concordam?