MUDANÇAS
Embora a verdade possa ser eterna, o conhecimento do homem dessa verdade evolui com o tempo, apesar de muitas ideias que perduraram por um longo período.
Todo um conjunto de elementos concretos ou abstratos para remoção de conceitos, afim de que a ciência avance descobrindo coisas novas e desenvolvendo novas ideias, faz-se necessário para encontrar um sistema, ou antissistema, que remova mais informação, ultrapassada ou errônea, do que gera, apesar de a maioria acreditar que a ciência precisa manter suas tradições e ideias.
Desde a transitória fase do corpo vivo, que desaparece com o tempo no ensaio e eco da mortalidade, mas, capaz de viver de outra forma, estamos numa era em que a maior mudança é o ritmo e o preço pago pela mudança, e alguns pilares do pensamento moderno ou delírios, conceitos obsoletos, podem ser descartados da conversa científica, como a superioridade e a natureza humana, o livre-arbítrio, a distinção entre mente e matéria, causa e efeito, a noção de infinito, a teoria de tudo e a ideia possivelmente complacente da medicina baseada em evidências, que pode desencorajar e impedir o progresso médico, pois, muitos pacientes padecem de mais condições do que os experimentos clínicos aleatórios controlam, onde, a fé, ou mesmo, a verdade, não é o meio mais efetivo da ciência, mas, a dúvida.
Sendo, ao mesmo tempo, o florescimento do terreno fértil de uma aceitação geral da falta de competências que não produz nem troca qualquer tipo de conhecimento, onde as opiniões críticas e qualificadas do conhecimento são raras, as mídias sociais, apenas baseadas em princípios algorítmicos triviais de reconhecimento, são o resultado de um meio excessivamente íntimo e arraigado da democracia de liberdade da auto expressão e acesso à informação, que mudou as maneiras pelas quais o mundo se tornou presente para nós. O âmago da perspectiva da dinâmica relacional virtual é a mudança.
A construção da ordem física que notamos no mundo sobre nós, às vezes, parece uma realidade engenhosa onde a ausência de sentido e a irracionalidade se mesclam e mascaram, nos motivando a perguntar se podemos acreditar na suposta essência do homem e das leis, não testadas, do universo sem recorrer a uma entidade externa.
Não há perspectiva de um esquema explicativo comum para a nossa condição junto às regras imutáveis que nos governam como porção e fragmento de um sistema unitário, que pode existir sem razão ou ser determinado por presciência divina para a consecução de um propósito que nos foi destinado. Portanto, para uma mudança original real, precisamos de respostas.