Queria, quero. Quem não quer?
Queria o mar, queria o amar, queria a doçura da vida. Um pôr do sol, as gotas da chuva, as cores do arco-íris. Queria o ar, o café, a melodia saindo de um quarto qualquer. Queria os pássaros me acordando pela manhã, o verde das árvores limpando meus olhos e a grama tocando meus pés. Queria a dança sem motivo, o sorriso tímido e o poema mais bonito. Queria o descobrir-se toda manhã, o aroma da liberdade e o suor saindo dos poros após correr sem rumo por aí. Queria que as borboletas saíssem do estômago e voassem ao meu redor, que as flores embelezassem o jardim de minh'alma e que seus perfumes inundassem minhas narinas. Queria a pureza das crianças, o amor sendo mais forte, e as guerras perdendo suas forças. Queria a empatia, o descanso da alma e o toque da simplicidade. Queria, quero. Quem não quer? Queria que todos percebessem em que deve estar nosso querer, e a o que devemos dar poder. Queria uma pausa nessa correria, nessa sede por imediatismo, nessa automática perda de valores e essências. Queria, quero. Quem não quer? Mas, cá pra nós, querer é poder, ou nem sempre? Queria que nesses casos fossem. Quero. Quem não quer?