Sou o próprio porto


 
Desarmada sou, e aberta ao perdão, uma parte ainda rebelde
é tomada pelas mãos da humildade, sei conviver com as negações,
abraço de olhos fechados, a saudade, que faz parte
da estrada que percorri, mas,  nada que me impeça de seguir.
Agora caminho sabendo para onde ir,
conheço cada parte da minha alma,
sei cada reação que posso ter... Sei a emoção conter.
Não tenho mais vontade de voar, coloquei os meus pés no chão,
aprendi a andar, sem me perder pelo caminho.
Sei que todos nós nascemos e morremos sozinhos,
não morre em minha alma, o meu jeito de sonhar.
Sou o próprio porto, não é indispensável prencher um vazio,
Eu me basto, pela luz das estrelas e do luar me guio,
feito quem perdeu a visão, sinto o mundo fora e dentro de mim.

 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 24/07/2018
Código do texto: T6399088
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