POLUIÇÃO
Sem romantizar o universo como gentil, estável e providencial, considerando que a transição do homem de um estado natural para um estado de sociedade foi causada pela natureza, é importante procurar compreender e não se render à complexidade, pensando de maneira mais integrativa, buscando explicar a natureza através da ciência, da religião e do místico, para, de alguma forma, estreitar a distância entre a compreensão e o paradoxo de controlar o incontrolável.
As pessoas têm uma ausência de percepção surpreendente quando se trata de antecipar e prestar atenção a problemas futuros. Contudo, espreitando no presente estão as variações do amanhã. Todavia, ninguém sabe o que são.
A ausência de evidências suficientes para tornar uma conclusão logicamente convincente, caracteriza uma decisão. Entretanto, a humanidade confia que tudo pode ser fiscalizado e todos os riscos podem ser analisados, quando não há segurança absoluta.
Devido à nossa barreira mental, não damos crédito ao que não faz parte de nossas vidas, em nosso erro de amostragem derivado da pouca representatividade de nossa curta experiência para deduzir com segurança as vastas possibilidades desconhecidas. Assim, num julgamento baseado em indícios indolentes da atualidade e normalidade das condições encontradas no momento, nos tornamos fisicamente, biologicamente, culturalmente, economicamente e pessoalmente subordinados a acreditar que o conjunto de fatores atuantes na natureza persistirá sem limites predeterminados.
Nosso dia a dia está imerso em grande quantidade de notícias sempre em mudança e nada parece concentrar nossa atenção no extenso amanhã, mesmo diante de nossa visível vulnerabilidade, apresentando uma interessante oportunidade de análise sobre como a sociedade quer lidar com o risco.