AUTONOMIA DA MENTE

Parte do valor de descobrir soluções para problemas é capitalizá-los, assumindo que existe uma maneira melhor de resolvê-los, reinventando as questões individualmente, com abordagens sobrepostas e concorrentes.

Ao despertamos, um grupo diferente de emoções e pensamentos nos conscientiza sobre nós, outros, o que nos cerca, hoje, ontem, e o amanhã.

Há muito tempo, o conjunto de conhecimentos referentes ao sistema nervoso buscando criar um mapa ordenado do cérebro, que possui múltiplas maneiras de lidar com o mundo, tenta identificar as diferentes partes do cérebro e suas funções na linguagem, na moral, no uso de ferramentas, na detecção de cores e no reconhecimento do mundo físico, esforço que acabou num equívoco, pois, o cérebro é constituído de partes conflitantes competindo entre si para solucionar problemas.

Daí, as batalhas neurais manifestadas em nossa mudança de humor, de auto irritação, conflito de interesses, recaídas no vício, infidelidade conjugal, e todos os tipos de inconsistências, pois, os dois hemisférios do cérebro, esquerdo e direito, podem ser entendidos como sistemas sobrepostos que competem.

Subjacente à superfície da percepção consciente na tomada de decisões rápidas, lentas, automáticas, cognitivas e conscientes, existem diferentes sistemas envolvidos, podendo, até, haver um espectro de ramificações de longo, curto e médio prazo implicado em decisões, além de múltiplos entrecruzamentos concorrentes, alguns empenhados a uma função intrínseca, e outros na supervisão geral em competição para guiar o organismo. Os dois hemisférios do cérebro, essencialmente independentes nos domínios da linguagem, pensamento abstrato, construção da história, memória, inferência, estratégias e assim por diante, são áreas antagonistas com maneiras levemente diferentes de lidar com os sentidos. Demais, qualquer experiência ou pensamento, tem uma correspondência análoga no processo físico do cérebro.

Quando olhamos para o mundo confrontamos um enorme obstáculo físico que inferimos sobre nós, parecendo estar radicado num absurdo infundado, como se a natureza fosse um truque malignamente inteligente, e o sentido e a irracionalidade de alguma maneira fossem dissimulados como ordem e racionalidade engenhosas.

Desde que as leis da física e do universo que elas governam como porção e fração de um sistema unitário, e estarem incorporadas juntas dentro de um esquema explicativo comum que não explica, temos o livre arbítrio de considerar a Divina Providência como gestor da dinâmica universal.

Se atentarmos na busca introspectiva de observar nossa mente, ela nos aproxima do sentido.