CONJECTURAS
Enquanto, as suposições de hoje se transformam, novas teorias evoluem e as impossibilidades de outrora se tornam parte do cotidiano, o chamamento para desvendar a natureza das coisas varia do caprichoso ao sombrio, da cosmologia à neurociência, e é audacioso declarar em primeira mão algo que observamos e entendemos de uma ordem oculta de um princípio profundo sobre a ordenação do mundo, como uma verdade para todos os tempos e lugares, não sendo meramente uma coincidência, pois, independente da precisão variável e seriedade da decisão de divulgar tal descoberta que emerge em proporção ao tempo de pesquisa, há uma sabedoria meritória em tal revelação, simplesmente ao assinalar nossas observações no desafio de adicionar palavras em regras não escritas.
A inteligência é a soma da analogia que usa ideias inatas do espaço, essência, força e objetivo para perceber domínios mais abstratos, em associação com a combinatória, que dá espaço a um conjunto finito de ideias simples para originar um conjunto infinito de aproximações complexas.
As prescrições da física e da ciência exigem que o conhecimento e os talentos de indivíduos inteligentes aumentem sem limite e se tornem infinitos, sem obrigar limites ao progresso científico, econômico, cultural ou intelectual.
Com base nos avanços alcançados, sendo possível atribuir forma, características e sociabilidade humanas aos robôs, desde já com o foco em criar máquinas pensantes (se é que tal empreendimento será possível), com a transferência da memória e da consciência humana para computadores, uma antropomorfização da matéria inorgânica que não compartilha nossa experiência biológica, social e os significados dos momentos do ciclo de vida humano, podemos antecipar como a tecnologia irá co-criar a psique e a sensibilidade humana do futuro com respeito ao tipo de relacionamento com um aparato mecânico inteligente e autônomo? Iremos configurar uma espécie de contrato social e moral de suposições concedido aos estados internos do tipo e conformação do “pensamento” dessas futuras máquinas, criaturas criadas por nós mesmos, que tornarão possível a tomada de consciência fora da mente do homem?
O começo da ciência reside nas funções e no funcionamento sensorial dos seres vivos, na admiração e na curiosidade sobre onde estamos aonde alcançaremos e, como, realmente, sabemos alguma coisa.