O DESCONHECIDO EM NÓS

Considerando que o exercício da razão não foi projetado para perseguir a verdade, e, que o cérebro humano e suas construções são incapazes de compreender as verdades sobre o mundo, além de nosso senso crônico de singularidade ser um dos maiores obstáculos para nos instruirmos com outras pessoas, pois, não sabemos se experimentam o mundo da mesma maneira que nós, questionamos se a verdade não passa de um modelo de realidades transitórias, a repetição do que ouvimos com frequência, ou, apenas interpretações.

Enquanto buscamos redefinir nossa humanidade, numa revisão contínua de nossa compreensão do que significa ser humano, ao mesmo tempo, adquirimos conhecimentos que tornarão a forma humana mais plástica, criando tecnologia e usando novas ferramentas para recriarmo-nos, decodificando o genoma completo das pessoas para aprender a reprogramar os tecidos humanos, possibilitando novas condições de reparo e regeneração, no coração de toda essa procura, a questão principal é a verdade que questiona se a natureza empírica da ciência contradiz a natureza revelatória do que, realmente, acreditamos.

É comum, quando conhecemos alguém, presumirmos a individualidade, enfatizando o “eu” das pessoas, pois, a polarização do saber humano define muitas áreas de nossa vida, apesar de a única coisa que compartilhamos seja a certeza da infalibilidade, independentemente da incerteza ser intrínseca ao processo de descobrir o que não conhecemos.

Entretanto, sabemos que uma questão permanente da ciência é o enigma da consciência, residente desconhecida do cérebro, contemplando a vastidão do espaço, lidando com conceitos como zero e infinito, e legitimando o que pensamos, sentimos, fazemos dentro e fora de nós mesmos, além de questionar sobre o significado de sua própria existência, a mais fundamental de todas as questões remetendo aos problemas do "que” e do “eu”.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 21/06/2018
Reeditado em 22/06/2018
Código do texto: T6370492
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