JESUS - INTELIGÊNCIA E CORAÇÃO NA REVELAÇÃO DE UM MUNDO NOVO ...
O positivismo nos fascinou com os estudos empíricos do cérebro. Só que vitimou negros como bandidos e criminosos.
Com o tempo, surge a neurociência com os potenciais estudos da mente e a superdotação.
E agora - ainda nos surpreende os estudo da inteligência dos gênios da humanidade. Um deles - Jesus Cristo!
Por quê?
Porque há gente que se dedica a isso, além de teólogos e místicos, santos e santas, pastores e sacerdotes.
A personalidade de Jesus tem suas entrelinhas e voz viva nos Evangelho no que os teólogos denomina de Vox Christi ou Verba Christi - orações e frases de que o Jesus teria dito aos seus discípulos em vida.
Jesus mesmo como Sócrates nada escreveu!
Platão narrou Sócrates. Os Evangelhos configuraram Jesus - como Filho de Deus.
Com o tempo, a filosofia e a ciência no século XX avançaram em metodologias e investigações. A exegese e a hermenêutica bíblica idem.
As impostações sobre o Jesus Histórico e o Jesus da Fé nos parecem instigantes e paradoxais.
Augusto Cury fez algumas reflexões em livros sobre a inteligência de Jesus recentemente. Isso nos faz perceber que o tema penetra na homilética dominical dos pastores e sacerdotes.
O evangelho nos apresenta então o Jesus demasiadamente humano – sem deixar de ser incrivelmente amado pelas multidões e odiado pelas autoridades de seu tempo.
É inusitado ver que Jesus perdeu a paciência no Templo em Jerusalém. Não foi por qualquer eventualidade. Ele frequentava aí desde criança. Mas, o excesso dos sacrifícios o levou a fazer um chicote e jogar tudo ao chão e os cambistas ficaram decepcionados com a atitude radical de Jesus quando abriu os redutos de bois, carneiros, pombos... E as moedas rolaram ao chão...
Os apóstolos fizeram uma retrospectiva sobre sua ação no templo como zelo da casa do Pai o devora!
Os profetas agiam como uma lógica nada confortável e aceitável para os reis e elites e idólatras. Jeremias e Baruc anunciam a destruição do templo de Jerusalém antes de Cristo e a deportação para o Exílio da Babilônia.
Jesus se irrita com a efervescência de vendas e comércio na casa de Deus: uma inversão – pois alí deveria ser o lugar de oração e silêncio. Adoração ao Deus Vivo!
A psicologia freudiana nos antecipa o recalque como desiquilíbrio da psique diante da ingestão do complexo e a dificuldade de filtrar a libido e a proibição do Superego.
Jesus em sua integridade sabe como conciliar dialeticamente as contradições da vida humana.
Nossos impulsos são paradoxos da vida à medida que nos mostram o quanto precisamos nos avançar na interação entre culpa e aceitação de seus limites e defeitos de personalidade ou caráter, como queiram. A mente humana é um desafio a nós quando temos que conviver com o próprio sentimento de culpa e fracasso, repressão e fobias.
Nem sempre nos conhecemos como somos e levamos uma vida inteira para os aceitar e perdoar pelos erros nossos e dos outros. Atribuímos culpa onde não há; se há não sabemos como conviver com ela.
Jesus sabe das limitações humanas e sabe nos perdoar. Ele nos aceita como somos. E sua vida foi cheia de interações e conflitos com todos. Mas, não subestima os seus e os inimigos. Sabia que precisava enfrentar e ser firme.
Procurava ir ao x da questão: não era uma questão de filosogia e sim de ética e espiritualidade. A vida de Jesus é marcada pela capacidade de vivenciar a solidão e a multidão, a rejeição e as demandas diferentes de diversos grupos da sociedade de seu tempo.
Cabia se posicionar coerente e dar respostas à altura à dificuldade e questionamento de cada pessoa e grupo. Ele aproveitava para evangelizar sobre o Reino: seu desafio maior. Mas, por parábola a todos falava. Os sinais corroboravam a sua prática de mensageiro do Reino do Pai.
Mas, os grupos não aceitavam não prontamente. E as resistências eram enormes diante de interpretações vindas da observância do sábado, da lei, da autoridade do templo, quem o enviou, porque agia diferente do ponto de vista o sinédrio, dos fariseus, dos essênios, dos herodianos, dois publicanos – ficava e comia com pecadores – contaminando-se ou defendendo mulheres e crianças... E Jesus pregava na Galileia, nas praças, nos campos e aldeias, nas bodas do Mar do Tiberíades e pelos caminhos da Judeia. Circulava por Jerusalém, fazia milagres e sinais para todos, inclusive até romanos e gente da Samaria, inimiga de Israel.
Cada gesto de Jesus era mal visto. Então, era uma fala aqui, um milagre ali. Uma defesa de uma prostituta depois. Uma interpretação livre da lei de Moisés.
Se era Rabone e mestre: deveria dar exemplo de fidelidade à Torah, respeito à Lei e ao templo.
Mas, hoje foi demais, passou dos limites: entrou lá e derrubou tudo... Com que autoridade?
E o pessoal do templo não queria mais saber de papo: mas, o povo ainda era o empecilho contra Jesus. Era querido pela multidão.
Era uma questão de tempo. Logo pegariam Jesus.
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Mc (11, 11-25)
Tendo sido aclamado pela multidão, Jesus entrou, no Templo, em Jerusalém, e observou tudo. Mas, como já era tarde, saiu para Betânia com os doze. No dia seguinte, quando saíam de Betânia, Jesus teve fome. De longe, Ele viu uma figueira coberta de folhas e foi até lá ver se encontrava algum fruto. Quando chegou perto, encontrou somente folhas, pois não era tempo de figos. Então Jesus disse à figueira: “Que ninguém mais coma de teus frutos!” E os discípulos escutaram o que Ele disse.
Chegaram a Jerusalém. Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os que vendiam e os que compravam no Templo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos vendedores de pombas. Ele não deixava ninguém carregar nada através do Templo. E ensinava o povo, dizendo: “Não está escrito: “Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos?” No entanto, vós fizestes dela uma toca de ladrões!” Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei ouviram isso e começaram a procurar uma maneira de O matar! Mas tinham medo de Jesus, porque a multidão estava maravilhada com o ensinamento d`Ele.
Ao entardecer, Jesus e os discípulos saíram da cidade. Na manhã seguinte, quando passavam, Jesus e os discípulos viram que a figueira tinha secado até à raiz. Pedro lembrou-se e disse a Jesus: “Olha, Mestre: a figueira que amaldiçoaste secou!” Jesus lhe disse: “Tende Fé em Deus! Em verdade vos digo, se alguém disser a esta montanha: “Levanta-te e atira-te ao mar!” e não duvidar no seu coração, mas acreditar que isso vai acontecer, assim acontecerá. Por isso vos digo: tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes, e assim será! Quando estiverdes rezando, perdoai tudo o que tiverdes contra alguém, para que vosso Pai que está nos Céus também perdoe os vossos pecados!”