QUESTÕES
Darwin, buscando desmantelar a crença, insinuou que somos animais, Freud nos influenciou a pensar que somos irracionais, cientistas buscam provar que as máquinas agora nos superam e, adicionando insulto à injúria, os astrônomos supõem terem descoberto que não somos sequer constituídos da substância majoritária.
A confusão das imagens e parábolas da religião representando a expressão das decisões subjetivas que nos ajudam a escolher os padrões pelos quais nos propomos a agir e a viver, e as declarações científicas com as quais nos confrontamos, razões de divergências perenes, o lado objetivo da realidade fundidas no mal-entendido século XVIII, cujos protagonistas são a ciência, cuja objetividade e materialismo nos propõem compreender suas interconexões preocupada em descobrir o que é verdadeiro ou falso sobre afirmações sugestivas da realidade objetiva, e a imposição da religião que lida com o mundo ético dos valores, sobre o que é bom ou mau, nobre ou básico, ditando o que deve ser ou o que devemos fazer, e não o que é.
Facetas distintas e antagonistas teriam a possibilidade de ser compatíveis, se, respectivamente associarmos convicções tão opostas aos aspectos objetivos e subjetivos do mundo no qual tomamos essas decisões de acordo com as atitudes do grupo ao qual pertencemos, seja nossa família, fatores ambientais, nação, cultura e tradição?
Apesar de distinção tão nítida regida pelo critério do verdadeiro ou falso, seria possível a sociedade funcionar num separatismo tão imparcial com entidades isoláveis em substância e princípio complementando suas diferenças entre o conhecimento e a fé?