PREVISIBILIDADE E O AMOR
A vontade de mudar de ideia é um sinal de inteligência, mas a liberdade de fazê-lo é uma escolha com um custo, quem nem sempre desejamos escolher.
Embora, faça parte funcional do mundo, sem uma consciência da incerteza, um conceito que temos dificuldade em aceitar, estamos tolhidos em um universo exatamente previsível que simplesmente não existe fora de nossas próprias mentes.
A aleatoriedade é tão difícil de entender porque confronta nossos instintos de busca de modelos, pois, contradizem nosso cérebro com uma ideia de casualidade que resulta num limite fundamental para nossa intuição, dizendo que não há processos cujos dados podemos tentar estruturar, nos permitindo entender nossas observações e usá-las para compreender os eventos e prevê-los.
Possivelmente, nosso desejo de algo permanente seja derivado da nossa necessidade de uma certeza como o amor eterno.
Amor, uma palavra tão entendida, que sem usos concretos é uma abstração sem poderes causais. Porém, quando sentida e usada com significância tem causas e efeitos.
O que a ciência tem a dizer sobre as origens do amor, assim como a consciência, até recentemente considerado um assunto tabu no esquema das coisas, que, como sentimento é um componente relevante da consciência, cuja ontologia é susceptível de um significativo elemento de pesquisa?
Apesar das dimensões acultas do acasalamento humano, os três tempos do verbo do amor, no conceito de sabedoria e amor nos cálculos "lúcidos" do coração, onde o amor verdadeiro segue seu próprio caminho através de um território não mapeado, sem limites, sem muralhas nem barreiras, deve existir o amor verdadeiro.
Temos corpos e um ciclo de vida experimentado em famílias que crescem da dependência à independência, nos provendo experiências de apego, perda, dor, medo de doença, e a experiência da desilusão da descontinuação do elo familiar.
Atualmente, a humanidade está recuperando a tradição do amor romântico do antigo espírito humano, de casamentos companheiros, uma oportunidade de aproveitar a aventura da vida com alguém que amamos apaixonadamente, nutrindo o que amamos, mas amando o que cultivamos, porque estamos retornando aos padrões de romance que a humanidade usufruiu a maior parte de sua história escolhendo amantes e cônjuges.
Todavia, devemos abolir nossa insistência primária sobre a previsibilidade e apreciar o mundo pelo que é e não pelo que queremos que seja, pois, além dos acontecimentos casuais imitarem os que ocorrem com ordem específica, muitos eventos não são explicáveis ou totalmente previsíveis, e acontecem incertamente.