Professor para quê?
Esse texto não tem a finalidade de discutir e muito menos analisar as perspetivas da profissão do professorado. No máximo se pressupõe alguns pontos.
Primeiramente, fora temer!
Segundo. Ser/estar professor, depende aqui do locutor que fala, é simplesmente nadar contra a corrente. Salários nada convidativos, pressão de todos os lados.
Terceiro. Mesmo que nada seja convidativo. Mesmo que o salário não seja nada animador, o profissional luta e madruga para fazer a diferença na vida de seus afilhados ( aluno tem aqui por significado esse de afilhado que vem da sua palavra original).
Quarto. Mesmo com os percalços o professor tem o poder, segundo Teun A. Van Dijk, em sua obra Poder e Discurso, de inserir "polêmicas" em sala de aula, "polêmicas" que ajudam o alunado a entender e se tornar cada vez mais idependente no seu pensar crítico.
Quinto. E não menos importante, ser/estar professor, é mais que fazer uma graduação de 4 anos. É mais que defender seu trabalho de conclusão de curso.
Seu trabalho se resume nisso:
"Professor, não entendia nada, com o senhor ficou mais fácil."
"Professor, você realmente nasceu para ser professor."
"Professor, muito obrigado."
As experiências resumem. Professor não ilumina aluno, como o significado propagado outrora, professor soma sua energia com seus afilhados, mesmo que esses afilhados sejam filhos de outras mães.