SER OU NÃO SER
A validade do pensamento está na expressão sucinta de ampla aplicação para entender o mundo, e o ser que busca o conhecimento, partindo da premissa do pouco conhecimento refletido num mundo de controvérsia e convicção, confrontando a presunção da certeza inútil e perigosa de modelos de realidade passageiros, ciente que não produz verdade.
O compromisso com a própria vida é inseparável da procura de uma existência humana racional e saudável nos motivando a viver e agir por nós mesmos determinando o que é importante para nós e buscando projetos e objetivos.
O conteúdo de nossas conclusões é contingente de um conceito de proposição do dever, pois, não podemos obter algo do nada.
Há afirmações constitutivas de coerência que compomos sobre nós mesmos que criam a possibilidade de uma vida com um sentido relevante de compromisso com nosso próprio interesse, e motiva uma distribuição equitativa da importância entre os seres humanos.
Como uma teologia disfarçada, o pensamento moderno, usando um princípio inteiramente novo de explicação, que parece transparecer estar além da observação direta inferida pelo raciocínio indutivo das propriedades do único universo que vemos, mudou o significado de Deus como uma explicação para o aspecto exterior da concepção na estrutura do mundo físico.
Provavelmente, como uma parte mais profunda da natureza humana, em nossa intrigante curiosidade, questionamos e buscamos explicações muito além de nossas preocupações práticas imediatas, ou, como parte de um impulso evolutivo primitivo na vida humana que avaliou a simplicidade relevante da necessidade básica de perguntar.
Todavia, essa procura no encalço da verdade explicativa, frequentemente parece satisfeita pelas falsidades da superstição e da religião, que nos dá a ilusão de regularidade e ordem, marcações evolutivas da verdade, sem a substância.
Apesar de a teoria da evolução tenha buscado desmantelar a crença criacionista, há mais de um século, entendemos nosso mundo em termos de narrativas e mantemos um apego à noção de que fomos colocados aqui, com propósito, por alguma coisa.
Contudo, o questionamento do homem é representado por uma pergunta secular, crua e brutal, profundamente existencial, não apenas filosófica, cuja intratável resposta produz a percepção mais aguda e imediata para uma pergunta simples, que, possivelmente, é a mais simples e complexa, a mais árdua de sustentar e muito difícil de indagar, que nos impele ao outro lado do ser, o lugar onde começa, que é a questão de “ser ou não ser”.
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