EMPATIA
Se analisarmos atentamente a reação das pessoas às situações e os argumentos que constroem em torno do que observam, torna-se claro que muitos não tem a curiosidade ou, a capacidade de distinguir entre as abstrações superficiais e profundas, ou a linha do raciocínio inteligente por trás de uma declaração simples.
Talvez, pela história do objeto ser mais relevante que o próprio objeto, a capacidade de distinguir entre as abstrações superficiais e profundas, seja um impedimento para perceber sobre a importância superficial informacional das coisas.
Quando nos damos tempo para ver a profundidade na superfície imediata das coisas, as vezes, criamos um momento cristalino de clareza, motivando nossos cérebros a renunciar suas sequências de pensamentos conhecidos e inovarem.
Ocorre que estamos tão habituados a ver agentes referenciais a tudo, que reconhecemos a vida como um efeito colateral.
Cabe àqueles com mais desenvoltura consciente auxiliar outros menos interessados a superar esse desejo de ver agentes onde não há nenhum.
Poucos percebem que, paradoxalmente, uma maneira de ganhar a peleja pela existência é refinar e ampliar nossa capacidade de cooperar, pois, além das mudanças e os processos seletivos dos comportamentos sociais que sustentam a sociedade moderna, a cooperação, algo que já é feito de modo notável, é outro princípio que precisa ser sistematicamente incorporado para trazer à superfície o aspecto construtivo do ser humano, o que redefinirá a maneira como vivemos nossas vidas e planejamos nosso futuro coletivo.
Apesar de nossa natureza complexa ser pontuada pela mediocridade, negativismo e violência, nos inclinamos à faculdade de compreender emocionalmente as coisas, ao autocontrole e à cooperação.