Unificação
[...] Ao fechar os olhos, sou capaz de enxergar o mundo passando pelo meu córtex, e se me silenciar, consigo sentir as vibrações energéticas emitidas pelo universo. Essa desorganizada mistura de temor e confiança expande os meus horizontes de eventos. A mesma gravidade que ora me mantém preso à minha cadeira também me lança num universo repleto de objetos obscuros e invisíveis, forças que atuam sobre mim e forças que atuam sobre os meus pensamentos. Tudo é energia e tudo está em movimento desorganizado, um fato que ainda não compreendo bem, mas que explica com muita certeza como é a minha vida. Se pudesse unificar as minhas próprias teorias, as minhas próprias conclusões a respeito do meu interior, estaria com certeza próximo da minha verdade absoluta, próximo da unificação universal dos meus delírios. Acho que começo a entender as verdadeiras preocupações dos gênios do passado: não temiam as imensidões de nosso espaço, mas sim o medo de não conseguir compreendê-las. [...] CDE