Precisava do verde
Queria o verde diferenciado da plantação, sempre os seus tons lhe fazia reflorir a esperança, o verde da cana de açúcar. O verde das folhas das bananeiras, do arroz, queria ver as ramagens espalhadas das favas e do feijão, queria pisar nos lugares que depois de tantos anos, ainda não eram demarcados, queria atravessar os riachos, e pegar nas próprias árvores, os frutos, sentindo a ausência do branco do algodão, mas gostava do contraste das folhas secas ao chão, que era como as páginas da vida em branco, à serem escritas, e as páginas amareladas, guardadas, dando ao seu passado e ao presente, outra sensação, e sentir o vazio de não querer o futuro, isto era algo que estranhamente a completava, dava vida e ao mesmo tempo sabia que o tempo lhe consumia.
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